A sina do Figueirense com jogadores experientes continua. Depois de sofrer com Juninho Pernambucano, Marcos Assunção e Ronaldinho Gaúcho, foi a vez de Seedorf fazer a diferença contra o Furacão. Com um gol do holandês, o Botafogo venceu o Alvinegro catarinense por 2 a 0 e praticamente selou o rebaixamento do Figueirense.

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Ointo pontos separam o Alvinegro do Bahia, primeiro time fora do rebaixamento. Para ter chances de escapar, a matemática é simples, mas a execução, quase impossível: vencer as seis partidas restantes.

O tempo de recuperação é curto. Márcio Goiano precisa motivar a equipe para o impossível: vencer os seis próximos jogos. O primeiro desafio é sábado, às 18h30min, contra a Portuguesa, no Orlando Scarpelli. O Botafogo volta a campo no mesmo dia, contra o lanterna Atlético-GO, no Engenhão.

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Desde o início da partida ficou claro que o Figueirense buscava a vitória. Tomando as iniciativas, o Alvinegro tentava acelerar o jogo, mas quase acabou marcando contra, com Helder, que tentou escorar um cruzamento do Botafogo e, de peito, acertou a trave.

Apesar do susto, a equipe catarinense seguiu atacando. Ronny, jogador mais perigoso do Figueirense, buscava em jogadas individuais e chutes de fora da área. Julio Cesar também levou perigo ao gol do Botafogo, em uma bomba da intermediária que fez uma curva e acertou a trave de Jeferson.

O Botafogo buscava responder nos contra-ataques. E foi em uma bola do uruguaio Lodeiro, em velocidade, que os cariocas abriram o placar. Bruno Mendes pegou um rebote de Wilson, mal afastado pela defesa, e balançou as redes. O novo xodó do Fogão fez seu quarto gol em quatro jogos pelo clube.

Com a vantagem, os botafoguenses passaram a ter o domínio da partida e chegaram ao segundo gol. Wilson saiu para cortar um lançamento longo, mas a bola caiu no pé de Seedorf. Com tranquilidade, o camisa 10 do Botafogo deu um leve toque para o gol vazio e ampliou a diferença. A desvantagem parcial foi suficiente para que alguns torcedores do Figueirense deixassem o Orlando Scarpelli.

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Atrás do placar, o Figueirense se lançou para o ataque, mas com desorganização. Conseguia volume de jogo, porém não criou lances claros, para deixar Aloisio, artilheiro da equipe, em condições de finalizar e foi em desvantagem para o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, Márcio Goiano sacou Julio Cesar, que pouco fez, e colocou o jovem William Pottker, procurando dar mais força ofensiva. O treinador também colocou o zagueiro Guti no lugar de João Paulo, que sentiu uma lesão.

As alterações deram mais mobilidade ao Figueirense, que também teve a entrada de Tiaguinho. Foi a estreia do jogador no Campeonato Brasileiro. Porém, o passe final continuou a ser um problema. Apesar de dominar as ações, não conseguia criar jogadas claras.

A primeira jogada trabalhada do Figueirense só veio aos 20 minutos. Depois de uma triangulação, Helder chegou à linha de fundo e cruzou. Ronny, sozinho, testou para o chão, mas a bola quicou e saiu, sobre o gol defendido por Jeferson. O lance era a oportunidade de diminuir a tempo de buscar uma recuperação.

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Outra chance teve Aloisio, aos 39 minutos. Recebeu um passe e, da entrada da área, bateu de bico. A bola foi forte, no canto de Jeferson, que voou e fez a defesa, mostrando os motivos de estar presente na lista de convocados da Seleção Brasileira.

Com tranquilidade e sem sofrer riscos, o Botafogo controlava o jogo. Dos pés de Seedorf, a calma era passada à equipe carioca, que conseguiu administrar o resultado que a faz sonhar com o G-4.

FICHA TÉCNICA

Figueirense

Wilson; Elsinho, João Paulo (Guti), Canuto, Helder; Jackson, Túlio, Botti (Tiaguinho), Ronny; Julio Cesar (William Pottker), Aloisio

Técnico: Márcio Goiano

Botafogo

Jefferson; Lucas (Marcelo Mattos), Antônio Carlos, Dória, Lima; Gabriel, Jadson, Lodeiro (Fellype Gabriel), Seedorf, Andrezinho (Renato); Bruno Mendes

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Técnico: Oswaldo de Oliveira

Gols: Bruno Mendes (B), aos 14 minutos do 1º tempo, Seedorf (B), aos 36 minutos do 1º tempo.

Amarelos: Túlio (F); Lucas (B), Andrezinho (B)

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO), auxiliado por Ivan Carlos Bohn (PR) e Pedro Martinelli Christino (PR)

Local: Estádio Orlando Scarpelli

Público: 8.437

Renda: R$ 116.740,00