PopStar chega ao fim neste domingo com algumas surpresas, competidores explorando ritmos bem diferentes para buscar a vitória e o prêmio de R$ 250 mil. A disputa está entre Danilo Vieira, Eriberto Leão, Helga Nemeczyk, Jakson Follmann, Totia Meireles e Yara Charry. O ex-goleiro da Chapecoense é o favorito para vencer o programa, que começa às 12h45min deste domingo, na NSC TV.

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Follmann, 27, que poderia ser considerado uma das surpresas pela falta de familiaridade com o palco e com as câmeras, foi o primeiro a se classificar para a final, após passar quase todo o programa entre as primeiras colocações

– Não imaginava isso. Meu intuito era mesmo me apresentar bem, achar uma performance bacana. Meu objetivo sempre foi me superar, já que eu sei que meu maior concorrente sou eu mesmo. Eu nunca tinha participado de nada assim, é tudo muito novo, desafiador, mas, graças a Deus, está dando tudo certo, estou superfeliz – falou o ex-jogador.

Com um elenco mais maduro do que os dos anos anteriores, o PopStar teve nomes fortes da TV brasileira que foram eliminados no decorrer da temporada. Foi o caso do ator Marcelo Serrado, que havia recusado convite nas duas temporadas anteriores, e das atrizes Letícia Sabatela, Claudia Ohana e Nany People.

Essa última deixou o programa no último domingo, junto de Robson Nunes e George Sauma. Babi Xavier, que surpreendeu ao longo da temporada pela potência de sua voz, deixou o PopStar na semana anterior, após cantar "Nós", de Cássia Eller, com direito a uma coreografia de flamenco.

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A saída da atriz foi apontada por Taís Araujo, apresentadora, como uma das eliminações surpreendentes que aconteceram ao longo do programa, assim como a de Marcelo Serrado e Claudia Ohana. Já Follmann finalista, ela afirma que esperava, sim.

– Ele canta bem, canta bonito, tem uma história de vida e de superação incrível, que faz parte do jogo também. A jornada da pessoa, a vida da pessoa importa. Não é um programa sobre a melhor voz, é um programa sobre a melhor jornada. E ele, a gente não pode negar que tem uma jornada linda, especial – falou.

Follmann nunca se vitimizou ou usou essa parte de sua vida para sensibilizar o público em PopStar
Follmann nunca se vitimizou ou usou essa parte de sua vida para sensibilizar o público em PopStar (Foto: Tarla Wolski/Especial)

O ex-atleta, que sobreviveu ao acidente aéreo que matou 71 pessoas, incluindo jogadores e comissão técnica da Chapecoense, em novembro de 2016, concorda que sua história é "marcante, fora do normal", mas ressalta que nunca se vitimizou ou usou essa parte de sua vida para sensibilizar o público.

– Se fizesse isso (se vitimizar) não conseguiria ser eu mesmo. Quero mostrar meu canto, a pessoa humilde e sincera que sou – afirma Follman.

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Ele já tinha afirmado, no início do programa, que a música foi de extrema importância em sua recuperação após o acidente, que levou a perda da perna direita.

– O PopStar é tão legal porque ele está além da competição. Ele é sobre relação, sobre o caminho que a pessoa vai seguir, é sobre as mãos que são dadas nos bastidores, o quanto um ajuda o outro… Tem muita coisa além do prêmio final – avalia Taís Araujo.

*por Fernanda Pereira Neves, da Folhapress