Depois de 37 dias, os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram encerrar a greve na noite dessa quinta-feira (17). A instituição informou que na próxima semana o conselho universitário deve definir um cronograma para reposição de aulas. Na manhã desta sexta-feira, a rotina aos poucos começava a se ajustar no campus da Trindade em Florianópolis.
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– Tomamos a decisão às 21h20 de ontem, então, algumas aulas ainda não retornaram, mas a expectativa é que retornem mais efetivamente na segunda-feira (21) – disse o coordenador-geral do DCE Marco Antônio Marcon Pinheiro Machado.
Protesto
Os estudantes da UFSC entraram em greve em 10 de setembro, em protesto contra o bloqueio de recursos feito pelo ministério da educação a instituições federais de ensino superior no país. Eles também são contra a reforma da previdência e o programa Future-se.
– Os colegiados de curso vão ter cinco dias para adequar seus calendários, ver a necessidade de reposição conforme o impacto que a greve teve, para depois o DAE (Departamento de Assuntos Estudantis) lançar uma proposta final de calendário que vai delimitar quando vão ser lançadas as notas finais dos estudantes- informou.
Conforme o chefe de Gabinete da Reitoria da UFSC, Áureo de Moraes após este trâmite, as definições precisam passar pelo conselho universitário.
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– Deve ser marcada ainda hoje (sexta) a reunião do conselho. Cabe a ele referendar a proposta de calendário – explicou.
Decisão
Em uma assembleia que durou três horas, a proposta de encerrar a paralisação recebeu 326 votos, contra 240 votos a favor da continuidade, segundo Marco Antônio Marcon Pinheiro Machado.
– Esperávamos que o movimento se nacionalizasse de uma forma mais forte, com apoio de outras categorias, o que não ocorreu por várias razões. A greve dos estudantes da UFSC foi um momento importante do movimento estudantil nacional. Decidimos voltar às aulas para poder construir lutas para os próximos períodos, continuaremos defendendo a universidade pública – declarou.
A greve contava nos últimos dias com a adesão de ao menos 34 cursos, entre os quais 12 ou 13 sem aulas. Na maioria, as paralisações eram pontuais por parte dos estudantes. Quando foi deflagrada, em 10 de setembro, mais de 50 cursos ficaram paralisados ou em estado de greve.
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