De olho na final da Copa das Confederações na Arena Pernambuco, no Recife, a Espanha veio antes ao Nordeste brasileiro para estrear e avisar que o campeão do mundo chegou. Ganhou fácil do Campeão da América de 2011 (2 a 1).

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O Uruguai foi superado com facilidade, levou um olé e constatou outra vez que o melhor futebol do mundo vive na Europa, entre Barcelona e Madrid desde 2008.

O Uruguai deu a saída. Ficou com a bola exatos 20 segundos. Perdeu. Nos outros 45 minutos e 40 segundos do primeiro tempo foi a Espanha que ditou o ritmo, que mandou no jogo. Teve 78% de posse de bola, marcou dois gols, Pedro, aos 10mim, e Soldado, aos 31min, e ofereceu um espetáculo aos animados torcedores.

Antes, Fabregas acertou o poste. Os zagueiros sul-americanos não sabiam o que fazer, quem marcar. A torcida aplaudia e gritava olé. Reverenciava a seleção número 1 do Planeta.

Irritado, sem conseguir tocar na bola, os jogadores uruguaios tentaram assustar os adversários. Foi um erro. Sérgio Ramos repetiu Lugano, usou o cotovelo com a mesma intensidade. O futebol bonito não arrepia.

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A Espanha avançou ainda mais. O defensivo Uruguai recuou bem mais, com oito, protegeu o meio da grande área. A Espanha postou-se entre a linha de meio-campo e a grande área adversária. Rodou e pressionou. Atacou, mas sem pressa, a bola de pé em pé, rasteira, tocando a grama úmida da chuva.

Xavi e Iniesta imprimem uma movimentação frenética, encostam nos alas, alimentam os atacantes, jogam entre as duas grandes áreas. Marcá-los é tarefa de ótimos volante, que o Uruguai não tem. Como a sua seleção só ataca, o goleiro Casillas se posiciona quase na sua intermediária.

Quando o japonês Yuichi Nishimura apitou o final da primeira etapa, foi possível ver os uruguaios extenuados, talvez loucos para que o jogo de estreia da Copa das Confederações na Arena Pernambuco terminasse ali mesmo, depois daquele sinal.

No segundo tempo, Iniesta driblou quatro, mas chutou fraco. Foi um aviso. A Espanha queria mais. Quando Xavi perdeu a Cafusa no ataque, o Uruguai buscou o campo adversário, mas os europeus voltaram em massa, recuperaram a bola em 10 segundos. Futebol bonito, com fôlego, é o que a Espanha exibe. Forlán entrou na metade do segundo tempo. Ao lado de Lodeiro, tentou atacar. Suárez cobrou uma falta perfeita no final. Foi pouco, apesar do jogo ter esquentado.

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