O ano terminou para a Seleção Brasileira com uma vitória sobre o Egito por 2 a 0, no amistoso desta segunda-feira. O atacante Jonas, autor dos dois gols, foi o nome da noite. Porém, como ocorre nestes períodos, é momento para Mano Menezes refletir. No longo caminho até 2014, o treinador fecha um ano aquém de suas expectativas. A Seleção não fez uma partida convincente sequer e não venceu os amistosos que fez contra grandes seleções.

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Karim Jaafar, AFP

O Egito até mostrou ser um time taticamente organizado, e só. Os egípcios não estão na primeira linha do futebol mundial, longe disso, logo chega-se à conclusão que o Brasil não fez mais do que a sua obrigação em Doha. O “sparring” da vez não passou do meio de campo e só deu dois chutes a gol, um em cada tempo, e ambos terminaram em defesas de Diego Alves. Por mais que o treinador venha dizer que se trata de um adversário forte, com jogadores que possuem experiência internacional, qualquer um percebe que a seleção africana é um time de qualidade discutível.

As observações que foram possíveis de ser feitas foram que Hernanes tem lugar no meio de campo e Hulk pode ser titular do ataque. Jonas, embora tenha marcado os dois gols e se apresentado bem, representa apenas uma opção para Leandro Damião. Bruno César também aproveitou bem as chances que teve nos amistosos de segunda categoria, contra Gabão e Egito. Mesmo a concorrência sendo grande em sua posição, neste momento há Kaká, Paulo Henrique Ganso e Oscar, o meia do Benfica provou que deve ser olhado com mais atenção.

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Rafael Ribeiro/CBF, Divulgação

Sobre Hulk, o jogador do Porto foi o melhor da Seleção Brasileira nesta segunda-feira. Desde os primeiros minutos mostrou muita vontade e conseguiu fazer boas jogadas. As grandes chances da equipe saíram de seus pés, e tanto ele fez que acabou dando a assistência para o primeiro gol aos 38 minutos do primeiro tempo. O atacante, que joga mais como um ponta, desceu pela esquerda e cruzou. A bola encontrou o joelho de Jonas na pequena área e morreu nas redes de El Shenawy.

O goleiro egípcio ainda colaboraria para o segundo gol brasileiro. Bruno César bateu falta na área e Fernandinho resvalou de cabeça, El Shenawy bateu roupa e o Jonas, outra vez no melhor estilo centroavante, não perdoou.

Rafael Ribeiro/CBF, Divulgação

Pronto, a partida estava resolvida. Pois improvável que a inoperância do Egito pudesse representar algum risco. Os africanos quase levaram ainda o terceiro no fim, quando Dudu acertou a trave.

FICHA TÉCNICA:

EGITO 0 x 2 BRASIL

Local: Al Rayyan Stadium, Doha (QAT)

Data/hora: 14/11/2011 – 15h (de Brasília)

Árbitro: Banjar Al Dosari (QAT)

Cartões amarelos: Gomaa (EGI)

Cartões vermelhos: Não houve

Gols: Jonas 38’/1ºT (0-1), Jonas 13’/2ºT (0-2)

EGITO: El Shenawy, Fathi, Hegazy, Gomaa (Okka 40’/2ºT) e Nasef; Rabo (Hassan 28’/2ºT), Ghaly (Salah, intervalo), Shikabala (Said 32’/2ºT) e El Mehamady; Moteab (Dodi Gabas 19’/2ºT) e Zidan (Soliman, intervalo). Técnico: Bob Bradley.

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BRASIL: Diego Alves, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Alex Sandro; Lucas Leiva, Fernandinho (Elias 31’/2ºT), Hernanes e Bruno César (William 28’/2ºT); Jonas (Kléber 35’/2ºT) e Hulk (Dudu 38’/2ºT). Técnico: Mano Menezes.