Vivendo crise de saúde, com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas e com registro de duas mortes de crianças à espera de leitos, o governo de Santa Catarina anunciou novos leitos, mais médicos e ações para hospitais infantis.
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Segundo o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, triplicou o número de atendimentos nos hospitais infantis nesse início de mês, principalmente no Joana de Gusmão, em Florianópolis, e no Hospital Materno Infantil Santa Catarina, de Criciúma. No hospital da Capital, por exemplo, foram 7,1 mil atendimentos nos primeiros 12 dias de julho – durante todo mês de junho, foram 8,4 mil.
Ele explica que serão abertos na casa de saúde 13 leitos clínicos e 10 de UTI e semi-intensivo. Além disso, será criado um espaço de triagem dos pacientes, na área externa do hospital, para atender casos mais brandos e não lotar a emergência.
Já em Criciúma, serão abertos 11 leitos pediátricos e cinco leitos de UTI neonatal.
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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi lançado um edital de contratação imediata de 20 médicos – 10 pediatras e 10 intensivistas, com contrato de 20 horas. Todos para o hospital Joana de Gusmão.
Segundo a SES, 50% dos atendimentos são de média e alta complexidade e os outros 50% são de casos de baixa complexidade que poderiam ser atendidos pelas unidades de saúde básicas.
No Sul do Estado, o atendimento do Hospital Materno Infantil terá o suporte das Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Criciúma e, segundo a SES, leitos serão ativados no Hospital Pediátrico de Içara.
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No âmbito administrativo, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a partir desta quinta-feira (14) a superintendência de supervisão dos hopitais públicos de Santa Catarina começará a funcionar dentro do Hospital Infantil Joana de Gusmão. O objetivo é ampliar a capacidade de gestão do hospital, segundo o secretário.
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Sindicância vai apurar falta de medicamentos
O colunista do NSC Total Raphael Faraco publicou, nesta quarta-feira, uma denúncia dos funcionários do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, que reclamam da falta de itens básicos para o atendimento. Um documento, com uma lista do que falta no almoxarifado, foi enviado para a direção do hospital no dia 6 de julho. Segundo a SES, será aberta uma sindicância para apurar o caso.
Relatório sobre morte de criança
Durante a coletiva desta quarta-feira, o secretário de Saúde informou ainda que foi solicitado um relatório para averiguar o caso de uma criança de dois anos que morreu no Hospital Infantil em Florianópolis, na última segunda-feira (11).
— Pedi a apresentação de um relatório circunstanciado e detalhado que envolve a morte daquela criança na madrugada de domingo para segunda, para nós entendermos todas as ações que estão envolvidas, para tomarmos as providências cabíveis para essa situação — disse o secretário de Saúde.
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