As exportações do Rio Grande do Sul cresceram 157,1% em outubro em relação ao mês anterior. Em valores absolutos, o Estado exportou US$ 3,8 bilhões, cerca de US$ 2,3 bilhões a mais do que em setembro. Com isso, as vendas gaúchas para o Exterior representaram 16,72% do total brasileiro, ocupando o segundo lugar no país, atrás apenas de São Paulo, que teve participação de 22,4% nas vendas para o exterior.
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Nos primeiros 10 meses de 2013, o Rio Grande do Sul acumulou US$ 21,3 bilhões em exportações, o maior valor do Brasil no período, o que representa um crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2012. O crescimento vai contra a tendência nacional, de recuo nas exportações – no mesmo período, o Brasil teve decréscimo de 0,9% no índice.
Os principais produtos exportados pelo mercado gaúcho foram a soja e o milho. Cerca de 19,7% das exportações gaúchas no período foram de soja, o que representa um acréscimo de US$ 2,2 bilhões. O crescimento das vendas de milho para o exterior também foi importante. Nos primeiros 10 meses de 2013, 732% a mais de milho foram exportados do que no mesmo período do ano anterior.
A venda de duas plataformas de perfuração e exploração de petróleo entrou na conta e impulsionou o índice gaúcho. No período, isso representou um incremento de US$ 3,6 bilhões nas exportações gaúchas.
O principal destino das exportações gaúchas no período foram para a China, no valor de US$ 4,4 bilhões, o que representa 20,5% do total. Outros mercados que tiveram crescimento foram Holanda (US$ 1,9 bilhão a mais do que no ano passado) e Panamá, graças à exportação da plataforma P-63.
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Por que as vendas de plataformas que não saem do país entra na conta de exportações?
As plataformas adquiridas pela Petrobras contam com regime aduaneiro especial – o Repetro -, que permite a importação de equipamentos sem a incidência dos tributos federais e do adicional de frete para renovação da marinha mercante. No caso das plataformas construídas no Brasil, ocorre uma exportação “ficta” – quando o equipamento não sai efetivamente do país, mas há só o registro contáil da operação -para uma subsidiária da Petrobras fora do país. Posteriormente, as plataformas retornam ao país como se estivessem sendo “alugadas” por uma empresa da Petrobras localizada no Brasil. O impacto aparece na balança comercial do Estado porque a plataforma é registrada como exportação, mas retorna ao país como “admissão temporáia de bens” e por isso não entra nas estatíticas de importação. Esse tipo de operação é legal e obedece às regras de uma instrução normativa da Receita Federal.