O 19º Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM) divulgou na tarde desta segunda (8) a sua programação oficial. Além dos 39 filmes selecionados para as quatro mostras competitivas – que já haviam sido anunciados, entre os quais 12 catarinenses -, serão exibidos nove longas do Brasil, Colômbia, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai. Segundo os organizadores, poderiam ser mais, não fosse a indefinição quanto ao orçamento disponível para esta edição.

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A 10 dias do início do festival, o coordenador geral Antonio Celso dos Santos disse ainda não saber se, quanto e quando irá receber do Estado, mesmo com o projeto habilitado pelo Funcultural. Ele informou que, em 2014, dos R$ 336 mil aprovados, R$ 150 mil foram liberados, o que representou um corte de 55%. Neste ano, nem isso:

– Tivemos R$ 369 mil aprovados, mas até agora o governo não nos sinalizou com nada – afirma.

A falta desse dinheiro provocou cortes na programação, como o cancelamento da mostra Outros Olhares, dedicada a filmes de países que não pertencem ao Mercosul. Conforme a diretora de mostras do FAM, Marilha Naccari, também não há recursos suficientes para o encontro de realizadores e para exposições de artes plásticas e de equipamentos e houve redução no número de convidados.

– Precisamos fazer isso para preservar a qualidade nas projeções, já que o FAM é um evento internacional, com reputação consolidada no meio – diz.

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Apesar dos percalços, a expectativa é de que o festival mantenha ou até supere a média de público de 20 a 25 mil pessoas. A abertura será no dia 19, com A História da Eternidade, do pernambucano Camilo Cavalcante, às 19h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Nesta edição, os homenageados serão Zelito Vianna, produtor de quase todos os filmes de Cacá Diegues, Eduardo Coutinho e Glauber Rocha; e Paulo Mendonça, diretor geral do Canal Brasil.