Nem o mais pessimista dos torcedores da Portuguesa acreditava que naquele dia 8 de dezembro de 2013, quando o meia Heverton entrou em campo contra o Grêmio, a Portuguesa estaria começando a escrever sua passagem para a Série C do Campeonato Brasileiro. Mas foi isso aconteceu, e com cinco rodadas de antecedência.

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Também pudera. Mesmo os 94 anos de história do time paulista, não conseguiram minimizar a campanha no mínimo problemática nesta Série B: apenas três derrotas e 12 empates. 21 pontos conquistados em 33 rodadas e sem chances matemáticas de sair do Z-4.

– Uma tragédia anunciada não agora, mas não é de agora. É lá de trás – lamentou o zagueiro Mateus à SporTV depois da derrota para o Oeste.

Tapetão e queda vertiginosa

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A queda da Lusa começou com o que ficou conhecido como o tapetão de 2013 e jogou uma luz nos problemas do STJD, quando resultados começaram a ser conquistados fora das quatro linhas. A Portuguesa perdeu quatro pontos pela escalação irregular de Heverton, em um jogo que não tinha significado nem para Grêmio nem para o time paulista. Fora do Z-4, a Lusa estava garantida em mais uma temporada na elite. Até o caso ir para o STJD.

Com quatro pontos a menos, a Portuguesa perdeu uma grande quantia das cotas de TV e começou uma crise financeira que resultou em salários não pagos e até greve dos funcionários no Canindé.

Várias liminares e brigas judiciais marcaram o ano de 2014 para a Portuguesa. As medidas vinham de torcedores desesperados, do próprio clube, de qualquer um. Eles chegaram a até sair de campo na estreia contra o Joinville, na Arena. Mas não teve solução. Um clube tradicional disputaria a Segundona.

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A derrota nesta terça-feira, por 3 a 0, para o Oeste em Itápolis sacramentou a queda meteórica da Portuguesa. Com cinco rodadas de antecedência, a Lusa já tinha marcado a ida para a Série C. A primeira vez em 94 anos de história.