Na briga pelo título do Campeonato Brasileiro de Marcas até a última etapa, o piloto catarinense Vicente Orige disputa no domingo a rodada dupla que vale a taça no autódromo Ayrton Senna, em Goiânia.

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Na mesma equipe que o líder Ricardo Maurício, bicampeão da Stock Car, Orige, 38 anos, corre para vencer a primeira prova no ano e espera que a matemática o ajude. A meta é também dar o bicampeonato para a sua equipe, a JLM Racing.

E, mais do que isso, ele espera confirmar a participação na temporada 2015 e, quem sabe, cavar um espaço na Stock Car, atualmente, a principal categoria do automobilismo nacional.

Do início em provas de arrancada nas areias de Araranguá, o criciumense Orige já teve o gostinho de dirigir um carro desta categoria este ano, no circuito de Velopark, no Rio Grande do Sul. Agora, ele busca patrocínio para fazer parte do primeiro esquadrão da velocidade brasileira.

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Em concentração para a prova goiana, Orige conversou com o DC sobre a temporada e a chance na Stock Car.

Diário Catarinense – Mesmo em sétimo, a 60 pontos do líder, seu companheiro Ricardo Maurício, você ainda tem chances de título. O objetivo é ser campeão ou ajudar o parceiro e a equipe?

Vicente Orige – Minha expectativa é a de lutar pelo campeonato até a última volta, quero ganhar, tenho chances boas ainda, já que a última etapa a pontuação será dobrada e serão duas corridas, com cada uma valendo 46 pontos. Ou seja, ainda tem 92 em jogo. Sem depender do resultado de ninguém, tenho chance de ser vice e, claro, dependo do Ricardo para ser campeão. Mas minha meta é ir para lá e ganhar, pensando sempre nas vitórias para não contar com maus resultados dos adversários.

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DC – Fale um pouco sobre o autódromo Ayrton Senna, em Goiânia. Ele foi reformado, hoje possui a maior reta do Brasil. Você já correu lá? o que pode tirar de positivo para seu desempenho?

Orige – Nossa equipe sempre está entre os cinco primeiros, temos a vantagem de sermos bem regulares, nossos carros praticamente todas as etapas do ano têm bom desempenho, as outras equipes oscilam bastante. O autódromo de Goiânia, não conheço muito bem, mas corri lá esse ano pela própria, fiz dois treinos, deu para me familiarizar melhor com o autódromo, todo modernizado, psta bemn larga, curvas em baixa e alta. Pressoal corre na Stock tem mais vantagem porque já correram duas vezes.

DC – Como você avalia sua temporada este ano?

Orige – Temporada boa, corro em circuitos em circuitos de afalto em 3 anos, não tenho muita experiência, praticamente. Mas fiz um bom ano, sempre corri entre os primeiros, mas tive azar em algumas provas, por causa de abandonos e toques que sofri e acabei tendo que abandonar as provas. Na última largada, em curitiba, me tocaram, carro ficou danificado, esses abandonos acabaram me prejudicando bastante nessa reta final, mas sempre estive entre os primeiros em todas as provas.

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DC – Como é correr ao lado de Ricardo Maurício, um bicampeão da Stock Car? Como é o relacionamento? O quê de aprendizado você tira para o seu desempenho?

Orige – Comecei a correr com ele no ano passado, é um cara com muita experiência, correu até na Europa por muitos anos, aprendo bastante com ele. Nós nos ajudamos na pista.

DC – Você correu uma etapa da Stock Car em 2014, no Velopark, no Rio Grande do Sul. Como estão as tratativas para o ano que vem? Há chance de correr na principal categoria do automobilismo em 2015?

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Orige – Andei essa etapa lá em uma equipe no lugar de outro catarinense, Felipe Tozzo. Ele não pôde correr nessa prova e fui para sentir como é e também para me aparecer para a categoria, para surgir outras oportunidades. Eu almejo uma vaga na Stock Car. Mas para entrar nas equipes intermediárias precisa de patrocínio, e hoje não tenho esse recurso. Estou buscando, mas até agora não consegui mobiliziar o montante de verba que me permita ir para a Stock. Eu poderia disputar a última prova, em Curitiba, na mesma vaga do Tozzo, mas não consegui reunir condições financeiras.

DC – Há algum outro plano para o ano que vem?

Orige – O Brasileiro de Marcas vai mudar para o ano que vem, as provas vão ocorrer junto com a Stock, mas mesmo mudando o formato, estou 80% fechado para correr na mesma equipe. Vamos estar no mesmo evento e as equipes vão nos ver correr no mesmo dia. Por isso é bom. O problema é que alguns pilotos da Stock poderiam não correr nas duas categorias no mesmo fim de semana, o próprio Ricardo Maurício é um desses casos. E se a gente perdê-los, a categoria pode enfraquecer. Mas a gente só vai saber no começo do ano que vem.