Qualquer semelhança com a realidade pode ser mera coincidência. O Figueirense tem 20 jogos na Série B do Campeonato Brasileiro para relegar a advertência aos letreiros de filmes ou novelas, porque segue os mesmos passos de um clube que fica a 168 quilômetros: o Joinville. O Figueira terminou a 18ª rodada da competição com mesma campanha do JEC a esta altura da Segundona do ano passado. E a equipe tricolor terminou a temporada rebaixado para a Série C.
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O desempenho em campo pode até ser coincidência, mas há outros fatores que foram determinantes ao descenso do Joinville que o Figueirense segue à risca, como uma cartilha do que não deveria ser feito e os alvinegros repetem. Quatro treinadores passaram pelo JEC na temporada – o Figueira vai para o quarto comandante –, também teve mudança no comando do departamento de futebol, problemas financeiros e outras situações que influenciam de diferentes maneiras o rendimento em campo.
Enredos iguais, anos diferentes
Campanha em campo
2017
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Figueirense – Em 18 rodadas, a equipe somou 17 pontos (quatro vitórias, cinco empates e nove derrotas). O time alvinegro está há 10 rodadas na zona de rebaixamento e a quatro pontos, no momento, de conseguir sair.
2016
Joinville – Completou a 18ª rodada com 17 pontos (com mesma campanha). Também na 18ª colocação, precisava de três pontos para deixar a posição incômoda. A equipe estava há oito rodadas no Z-4, lugar que ocupou até confirmar a queda.
Trocas de técnico
2017
Figueirense – Vai para o quarto treinador na temporada. Começou o ano com Marquinhos Santos, trocou para Márcio Goiano e mudou novamente diante de resultados negativos na Série B, demitindo Marcelo Cabo pela falta de resultados.
2016
Joinville – Na altura da 18ª rodada, o terceiro treinador (Lisca) estava no início do trabalho. Antes dele haviam comandado a equipe PC Gusmão (remanescente do ano anterior), que cedeu lugar a Hemerson Maria durante o Catarinense.
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Contratação de atletas
2017
Figueirense – Em decorrência da derrocada no Catarinense, reformulou o plantel. Antes de iniciar a Série B foram 15 atletas contratados. Número que aumentou enquanto o time empilhava tropeços. Outros foram adicionados ao elenco.
2016
Joinville – O elenco vice-campeão do Estadual recebeu alguns reforços pontuais para a Segundona. Porém, com os resultados negativos a partir do início da competição, as contratações se multiplicaram. Foram 35 contratações no ano.
Mudança de dirigente
2017
Figueirense – Leonardo Franco foi contratado para estruturar a equipe para a Série B. Porém, não chegou a presenciar o fim do Estadual no clube. Carlos Arini assumiu o posto, mas foi desligado após a derrota para o Vila Nova.
2016
Joinville – João Carlos Maringá iniciou o ano como homem forte do futebol, mas, por problemas pessoais, saiu para que Júlio Rondinelli assumisse. Antes do fim da Série B, ele foi demitido, e o ex-jogador Osni Fontan assumiu o posto de forma interina.
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Problemas financeiros
2017
Figueirense – Na última reunião do Conselho Deliberativo foi confirmado o déficit mensal de R$ 500 mil no caixa alvinegro. O clube já antecipou o que era possível de receitas e há salários em atraso de parte de funcionários.
2016
Joinville – Com receita inferior na Série B em relação à Série A, não conseguiu se adequar. O descenso prejudicou a principal fonte de receita: o plano de sócios. Jogadores e funcionários sofreram com atrasos, alguns deles demitidos e sem receber.
Confira a tabela da Série B do Brasileiro
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