Os casos de coqueluche preocupam em Criciúma. Até então, foram 14 suspeitas, com dois casos confirmados e cinco ainda estão em análise, só em 2024. As primeiras suspeitas tiveram início no final de julho, enquanto os primeiros casos foram confirmados na última semana, na terça (22) e sexta-feira (25).

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Os dois casos registrados na última semana são uma menina de três meses de idade e um menino de 29 dias de vida. A bebê já está curada e sendo acompanhada pela secretaria municipal de saúde em casa, enquanto o menino recebe cuidados no Hospital Materno Infantil.

No ano passado, não foram registrados casos de coqueluche em Criciúma, sendo que em todo o Estado apenas dois foram confirmados. No entanto, segundo o último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), em 2024 já são 106 casos e duas mortes. A faixa etária mais afetada é a de crianças com menos de um ano de idade.

Casos confirmados de coqueluche, segundo ano de ocorrência, de 2014 a 2024 (Foto: SINAN-net, Divulgação)

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A principal suspeita para o surgimento dos casos é a baixa adesão à vacina. A cobertura vacinal da coqueluche para crianças menores de quatro anos está em 76% em Criciúma, enquanto em gestantes está em 23% . De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é de 95%.

— Na realidade a doença é sazonal e aparece de tempos em tempos, sem uma explicação específica. Em 2024, ela foi alavancada junto a baixa cobertura vacinal tanto no município quanto no Estado — explica a gerente em vigilância em saúde, Andréa Goulart.

Ao todo são 46 unidades de saúde que realizam a vacinação contra a coqueluche no município do Sul catarinense.

No Estado, a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, está em 88,87% de cobertura acumulada até outubro de 2024. No ano de 2023, a cobertura vacinal chegou a 91,47%.

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O que é a coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa, causada pela bactéria bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. É altamente contagiosa, já que pode ser transmitida através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.

Nos casos mais leves os sintomas são:

  • Mal-estar geral
  • Corrimento nasal
  • Tosse seca
  • Febre baixa

Depois disso a tosse seca pode piorar e outros sinais podem aparecer, passando para uma tosse severa e descontrolada, podendo ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração. As crises podem provocar vômito ou cansaço extremo.

Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. Em caso de suspeita da doença, procure um serviço de saúde mais próximo.

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