Com o aumento do número de casos confirmados do novo coronavírus em Chapecó, que passaram de seis na semana passada para 22 até a manhã desta segunda-feira (27), o prefeito Luciano Buligon engrossou o discurso contra a falta de cuidado da população. Ele citou uma ação da Polícia Militar (PM), que fechou o prolongamento da Avenida Getúlio Vargas na noite de domingo (26).
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– Tivemos aglomeração de pessoas na avenida e na prainha do Goio-Ên. A avenida, infelizmente, foi fechada pela atitude de alguns irresponsáveis. A prainha não deu tempo, mas tudo indica que teremos que fechar novamente – afirmou o prefeito.
O comandante do 2º Batalhão de PM de Santa Catarina, tenente coronel Ricardo Alves da Silva, disse que, por causa da aglomeração de pessoas, muitas reunidas e sem máscara, foi realizada uma operação fechando três quadras do final norte da Avenida Getúlio Vargas, das 19h30 às 24h.
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– Sabemos que essas pessoas podem migrar para outros locais, mas a ação tem como objetivo inibir as aglomerações. Foram notificados seis veículos por perturbação do sossego público e os demais foram saindo conforme íamos notificando. Também foi orientada a dispersão. Caso houvesse resistência as pessoas seriam autuadas por desobediência. Provavelmente teremos que repetir essas operações nos finais de semana, pois muitas pessoas não estão conscientes da situação – disse o comandante.
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Na sexta-feira (24), a Polícia Militar também iniciou uma ação de orientação e fiscalização dos estabelecimentos, para ver se estão cumprindo as regras de uso de máscara e de distância entre os clientes. Nesses caso o comandante disse que não foi necessária notificação de nenhum estabelecimento.
O prefeito Luciano Buligon ressaltou que, caso não haja conscientização, poderá recuar nas medidas de flexibilização.
– Se nós passarmos de 50% dos leitos de UTI e enfermaria ocupados, teremos que fechar os estabelecimentos. Hoje temos dois pacientes na UTI o que dá 16% de ocupação. Não é uma ameaça, é uma constatação. Esse é o critério – disse Buligon.
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A diretora técnica da Secretaria de Saúde de Chapecó, Aldarice Pereira da Fonseca, disse que o aumento dos números de casos confirmados, que agora são 22, se devem a dois motivos.
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– Seguindo um protocolo do Estado nós começamos a testar e notificar como suspeitos quem tem sintomas gripais. Isso é um dos motivos do aumento, pois aumentando os testes, vai aumentar o número de casos. O outro é que já estamos com 14 dias de afrouxamento das regras de quarentena – disse a médica.
Ele informou que entres os confirmados há muitos jovens e até uma criança de 11 anos. E que há casos de transmissão comunitária, pois são pessoas que não viajaram.
Casos suspeitos são 39. Além disso há seis suspeitos e três confirmados de outros municípios. Dois estão na UTI. Aldarice ainda alertou para os casos de dengue, que já são 68 confirmados no município.