Noventa e seis atletas de Santa Catarina entram em ação a partir da manhã desta quarta-feira no CT Paralímpico, em São Paulo, na 11ª edição das Paralimpíadas Escolares. Atuais vice-campeões, os catarinenses buscam continuar entre os três primeiros colocados – quem sabe repetindo o título de 2014 – e, para isso, contam com a segunda maior delegação da competição, atrás apenas da anfitriã São Paulo. São 130 pessoas, contando técnicos, dirigentes e atletas.
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A abertura oficial ocorreu na noite de terça-feira, no pavilhão Oeste do Anhembi, e as disputas vão até sexta-feira em 10 modalidades: futebol de 5 (para cegos), basquete em cadeira de rodas (formato 3×3), atletismo, bocha, futebol de 7 (para atletas com paralisia cerebral), goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas.
É a primeira vez que todos os Estados e o Distrito Federal terão representantes no torneio. Os três primeiros lugares de cada gênero e classe das modalidades individuais se habilitam a ganhar uma Bolsa Atleta nível escolar, do Ministério do Esporte. Nas modalidades coletivas, são selecionados três atletas de cada gênero por meio de votação dos técnicos e árbitros da respectiva categoria.
— É um evento que tem como objetivo a inclusão, tem a parte social e cultural de trazer gente de todas as regiões para São Paulo, no CT Paralímpico, e também busca formar talentos para o Brasil — destaca o coordenador técnico da delegação de SC, João Batista Cascaes, que aponta as modalidades de natação, atletismo, tênis de mesa, bocha paralímpica e tênis com cadeira de roda como as com grandes chances de medalha.
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Promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, as Paralimpíadas vão reunir 944 atletas entre 12 e 17 anis, de todo o Brasil. São Paulo venceu as duas últimas edições e é o maior vencedor da competição, com cinco conquistas desde a primeira temporada, em 2006. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro, com quatro troféus.
O único titulo catarinense, em 2014, veio com 59 medalhas, sendo 31 de ouro, 20 de prata de 8 de bronze. Na pontuação final, somou 351 pontos, contra 350 do Rio de Janeiro, 341 de São Paulo e 275 de Minas Gerais.
— Santa Catarina sempre quando vem para as Paralimpíadas Escolares vem para vencer e este ano não é diferente. Buscaremos repetir o feito de três anos atrás — afirma o gerente de participação da Fesporte e chefe da delegação catarinense Ademar Silva.
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Desde as primeiras edições, as Paralimpíadas Escolares revelam talentos do Movimento Paralímpico nacional. Já foram destaques nas Escolares nomes como os velocistas Alan Fonteles, ouro em Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, Petrúcio Ferreira, recordista mundial e campeão paralímpico no Rio 2016. Ainda estão na lista a saltadora Lorena Spoladore, prata no Jogos do Rio, o nadador catarinense Matheus Rheine, bronze no Rio 2016, e o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016.