Não só os espectadores foram conquistados pelo universo fantástico de traições, sangue e batalhas criado por George R.R. Martin e reproduzido em Game of Thrones. O elenco também se mostra cada vez mais fascinado pela história, e os atores Gwendoline Christie (Brienne de Tarth) e Pedro Pascal (Oberyn Martel) são provas disso. Em passagem pelo Rio de Janeiro para a divulgação da exposição sobre a série e da quarta temporada da trama – cujo segundo episódio está programado para ser exibido na noite deste domingo – os dois falaram um pouco sobre seus personagens e o futuro do seriado.

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“Brienne é uma lutadora”

Gwendoline Christie, a Brienne

Zero Hora – Por que o público gosta tanto de Brienne?

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Gwendoline Christie – Porque é uma personagem não convencional. Ela é acostumada a superar obstáculos, é uma lutadora. Sobrevive a tragédias e tenta sair melhor delas. Isso a torna especial.

ZH – Quem você acha que merece conquistar o trono de ferro?

Gwendoline – Hodor, porque ele nunca vai ser corrompido, é leal.

ZH – Não Brienne?

Gwendoline – Brienne não procura isso, não quer poder, não quer controlar. Não tem a ver com ela.

ZH – Há quem acreditasse que Brienne e Jaime teriam um romance. Ela sente algo por ele?

Gwendoline – Talvez nem ela saiba. Brienne era apaixonada por Renly e jurava a vida por ele. Mas vimos a evolução dos personagens, desenvolvendo respeito um pelo outro. Sou muito romântica e acharia fantástico, mas agora eles têm uma relação de homem e mulher totalmente diferente, e acho ótimo.

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ZH – Como reagiria se o roteiro trouxesse a morte de Brienne?

Gwendoline – Claro que não quero morrer! Mas é algo que temos que aceitar.

“Oberyn é perigoso e íntegro”

Pedro Pascal, o Oberyn

Zero Hora – Você disse que não tinha lido os livros, só visto a série. Logo se interessou por Oberyn Martell?

Pedro Pascal – Adoro Oberyn. Se tivesse a chance de escolher um personagem, seria ele.

ZH – Vocês têm semelhanças?

Pascal – Sim. Oberyn se importa muito com a irmã. Eu tenho uma irmã mais velha. Nós dois nascemos no Chile, mas minha família foi embora quando éramos crianças, fugimos do golpe político. Viajamos muito pelo mundo, então é alguém que sempre esteve comigo em todos lugares, é a pessoa mais próxima de mim. E essa é a relação que Oberyn tem com a irmã dele que morreu – e que ele quer vingar. Então, para mim, é muito fácil achar o sentimento de vingança. É só pensar que alguém pudesse fazer mal para minha irmã.

ZH – A série tem muitos vilões e, mesmo assim, as pessoas os amam. Com Oberyn será assim?

Pascal – Acho que ele pode ser um personagem que você ama ou odeia. Ele é, de fato, muito perigoso, mas também é muito leal e íntegro. Não é muito típico, não é aquele que luta com todo mundo. É perigoso, bota medo em todo mundo, mas é respeitoso.

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ZH – Como você reagiu ao casamento vermelho?

Pascal – Foi dramático e chocante. Você está assistindo tranquilamente e aí vem uma coisa daquelas, justo no dia que você vai dormir tarde! (risos) Foi na época em que já estava fazendo testes para a série. Então, foi uma maneira de me consolar. Eu pensava: “Concentra, é só um programa. Não é real”. (risos)

ZH – Como aconteceu o convite para você entrar na série?

Pascal – Estava na Califórnia, assistindo à terceira temporada como se fosse um fã qualquer. Hoje, quando você faz um teste de elenco, pode estar em outro lugar, e a produção pede para você se gravar. Eram 17 páginas de roteiro da quarta temporada. Os diretores estavam em Londres, e eu não conhecia ninguém. A série é muito famosa, e não sou famoso, então não achava que teria chance. Mas um amigo me filmou com um iPhone, e eu enviei. Em seguida, os produtores me ligaram.