Com a praia reconstruída, após uma obra de dragagem milionária, Balneário Piçarras vislumbra crescimento para a próxima temporada de verão. O comércio, por exemplo, espera retomar gradativamente o movimento que perdeu nos últimos três anos – período em que o município ficou conhecido como cidade praiana sem praia.
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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neilor Nilson Quintino, acredita em acréscimo de 15% a 20% nas vendas nos próximos anos. Com isso, a lucratividade será retomada ano a ano.
– Dependemos muito da praia. Na primeira semana de janeiro quem é veranista, que tem casa aqui, até vem e vai embora logo, mas o turista não vem nos visitar – diz.
A Praia Central ficou destruída em função de uma sequência de ressacas que atingiu a cidade a partir de setembro de 2011. Em muitos trechos, a água atingiu a calçada e mesmo em dias de maré baixa não era possível caminhar pela areia.
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No espaço em frente ao Hotel Imperador a calçada também cedeu e as raízes de uma árvore ficaram expostas. Nesta semana, o estabelecimento exibia até cadeiras de praia e guarda-sóis disponíveis aos hóspedes na orla.
Mas, para que a praia fosse reconstruída, foi necessário bombear areia do mar para a orla. O projeto de reconstrução, iniciado no ano passado e finalizado neste ano, previu a dragagem de cerca de 500 mil m³ de areia para deixar 1,7 quilômetro de praia com 30 metros de largura a partir do calçadão.
Como muitos turistas deixaram de visitar Piçarras quando a faixa de areia estava comprometida, a Secretaria de Turismo está divulgando a conclusão da obra em feiras por todo o Brasil. A intenção é mostrar ao público que a Praia Central está novamente apta a receber visitantes.
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O diretor de capacitação e desenvolvimento da secretaria, Danilo Petry, conta que até um novo material fotográfico da praia já está sendo providenciado.
– Nós vamos apagar essa imagem de praia sem praia. Temos um dos balneários mais limpos do Estado e temos de explorar isso muito bem – diz.
Petry admite que a cidade perdeu muito durante o tempo em que a praia estava destruída, mas acredita que o turismo volte ao normal. Segundo ele, no fim da temporada passada já houve um aumento no número de visitantes.
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Beleza que vai além da areia
Com o término da dragagem, a empresa contratada para fiscalizar a obra de R$ 10 milhões, custeada com verba federal, trabalha na medição da areia. Um relatório deve ser enviado para a prefeitura nos próximos dias informando se a quantidade de areia dragada está conforme o previsto. Só a partir daí a empresa que fez a obra será paga.
Mas a urbanização da Praia Central vai além. Operários da prefeitura trabalham na reconstrução do calçadão, que deve ficar pronta em breve. Há, ainda, projetos para reformar a calçada do lado oposto à praia.
O município também quer urbanizar os molhes, construídos para evitar novas ressacadas, e investir na iluminação da praia. Para isso, estão sendo capitaneados recursos junto ao Governo Federal por meio do Ministério das Cidades. A intenção é terminar a urbanização antes da próxima temporada.
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