Com uma das maiores emergências hospitalares da Grande Florianópolis fechada, quem precisou de atendimento médico, nesta terça de manhã, teve de recorrer às outras opções na Capital: os hospitais Florianópolis e Celso Ramos.
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Apesar do intenso movimento nas unidades, os funcionários disseram que pouco mudou com relação à rotina diária, que já era de longas filas e esperas de até três horas.
Nada fora da normalidade
Perla Cristiane Santos, 26, torceu o pé direito e, às 7h de terça-feira, foi para a emergência do Celso Ramos, referência em ortopedia. Esperou por três horas e meia. Segundo ela, nada fora do “normal” do que já havia vivenciado anteriormente.
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– Para um hospital que precisa atender toda a região sozinho, até acho que está bom. Tem espera, mas pelo menos saí com tudo resolvido – contenta-se Perla Santos.
Espera de mais de duas horas
No Hospital Florianópolis, muitos pacientes não tiveram a mesma “sorte” que Perla. É o caso de Valdeci Xavier da Silva. Mesmo com 70 anos, ela não recebeu atendimento prioritário pela idade.
– Fui no Regional e encontrei as portas fechadas, aí vim para cá. Passei muito mal durante a noite e aqui estou esperando há duas horas – disse.
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Segundo os funcionários da unidade, há apenas um médico no atendimento e a prioridade não é por idade, mas por gravidade.
– Tenho que escolher para passar na frente os que estão com pressão arterial muito alta ou com febre – informou uma funcionária.
Tudo normalizado
Com o fechamento da emergência do Hospital Regional de São José, o movimento nos postos de atendimento 24h na região poderia ter aumentado, mas não foi isso que aconteceu.
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Na terça à noite, a Hora esteve no Centro de Triagem, em Palhoça, e o movimento era calmo, com pouco mais de 10 pessoas esperando por atendimento, mas nenhum com gravidade.
Na UPA, em Biguaçu, foram 160 atendimentos no dia, o que é considerado normal, e 13 pessoas estavam na fila, às 20h, aguardando por uma consulta, novamente nenhuma sem gravidade.
Samu leva direto ao Celso Ramos
Na terça à noite, a reportagem voltou à emergência do Hospital Celso Ramos. Apesar do grande número de pessoas, cerca de 30, o movimento foi considerado normal, mas com grande fluxo de pacientes com gravidade, já que o Samu encaminha diretamente para lá as pessoas feridas em acidentes de trânsito.
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Para esta quarta, a expectativa é que o movimento siga o mesmo ritmo.
Postos devem ser procurados
O Hospital Regional tem a maior emergência de Santa Catarina, com uma média de 40 mil atendimentos por mês. Segundo Walter Gomes Filho, porém, cerca de 70% dos casos atendidos ali poderiam ser resolvidos em postos de saúde e unidades e pronto atendimento (UPAs)
– A nossa recomendação é que as pessoas recorram a estes locais, para que não sobrecarreguem as emergências dos outros hospitais, como o Celso Ramos e o Florianópolis – explicou o superintendente.