De olho nessa demanda após a liberazalização do mercado de voos entre Brasil e Estados Unidos, a American Airlines é a companhia que tem puxado para cima a oferta de voos desde a assinatura do acordo de céus abertos. Graças às 56 frequências extras para fora do eixo Rio-São Paulo liberadas nos últimos dois anos, a companhia conseguiu ampliar o número de voos para 102 por semana.

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Com a eliminação das barreiras, o plano da companhia é seguir crescendo no país, afirma o diretor da American Airlines no Brasil, Dilson Verçosa Jr. Mesmo com o processo de recuperação judicial em curso nos Estados Unidos, a American seguiu adiante com uma forte expansão nos voos para o Brasil. Hoje, a companhia voa para São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Manaus. O plano é alcançar mais dois destinos este ano com voos diários: Porto Alegre e Curitiba. Com isso, a empresa terá voos em todas as regiões do País.

– O céus abertos, que entra em vigor plenamente em 2015, é uma nova dimensão. O Brasil ainda está no início dessa era da aviação comercial. Há muito para crescer em vários lugares em que operamos e até em outras localidades em que não estamos – avalia Verçosa Jr.

Outras empresas americanas também estão apostando no país, como Delta Airlines, United Airlines e US Airways. As companhias nacionais não ficaram paradas. A TAM ganhou força com a associação com a chilena LAN na Latam e a Gol também está demonstrando maior apetite pelo mercado. A empresa controlada pela família Constantino arrumou um meio de entrar nesse segmento sem comprar aviões com mais autonomia: faz uma parada em São Domingos, na República Dominicana, para levar passageiros do Rio e São Paulo à Flórida.

– Identificamos uma grande demanda de clientes para os EUA e, com foco neste mercado, já tivemos sucesso com as operações exclusivas aos clientes Smiles – disse, por e-mail, o diretor comercial da Gol, Eduardo Bernardes, sobre os primeiros voos, vendidos apenas para os passageiros membros do programa de fidelidade da Gol.

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Procurada, a TAM disse, em nota, que concorda com a política de céus abertos e acrescentou que a fusão com a LAN foi a forma encontrada para atuar nesse ambiente mais competitivo.