Os efeitos da crise econômica na vida do cidadão e na atividade empresarial já atingem os postos de combustíveis. Em Joinville, 12 estabelecimentos fecharam as portas desde o final de 2015, mas principalmente durante o ano de 2016, em virtude da redução do movimento. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo (Sindipetro), Reinaldo Francisco Geraldi, é a primeira vez na história que os postos encerram as atividades e se mantêm fechados. O que ocorre normalmente é apenas a troca de proprietário.
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Desta vez, Geraldi diz que novos investidores não assumiram porque aguardam a reação do mercado e não há perspectiva de reabertura dos pontos no curto prazo, segundo ele. Joinville conta atualmente com 95 postos de combustíveis. Quem continua no mercado observa motoristas mais econômicos.
– Quem enchia o tanque agora abastece com R$ 50. Desde abril, verificamos que o movimento caiu 15% – afirma Richard Dias, proprietário de um posto no bairro Anita Garibaldi.
Fatores da redução
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Para o presidente do Sindipetro, fatores como a queda na venda de automóveis e a mudança de comportamento das famílias, restringindo passeios nos finais de semana, levaram à redução no abastecimento. Geraldi observa, ainda, que a crise nas empresas diminuiu a necessidade de transporte para entrega de mercadorias, impactando na reposição de combustível.
– Todos os estabelecimentos oferecem outros serviços, como loja de conveniência, troca de óleo ou lavação, para complemento de receita. Se dependessem apenas do combustível, não teriam como manter o posto aberto – diz Geraldi.
Só que os serviços também sentiram a crise. Se um posto recebia cerca de cem clientes diariamente, com a crise passou a receber 80, diz ele. O tráfego menor nas bombas reduz a circulação e o faturamento nas lojas de conveniência.