A temporada de verão vem chegando, o período em que as crianças entram de férias e as famílias aproveitam para ir à praia, piscina e rios. Os pais precisam ficar de olhos bem abertos para evitar que seus filhos corram riscos de afogamentos. Conforme o Corpo de Bombeiros, na última operação veraneio, sete pessoas de até 12 anos morreram em águas catarinenses.
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A médica pediatra do Hospital Infantil Joana de Gusmão Ana Camila Flores Farah observa que a criança deve ser vigiada constantemente quando está próxima da água. Quanto menor, maior o cuidado. As crianças com até três anos são as que mais correm risco e nunca devem ficar sozinhas próximas ao mar. Também é recomendável que usem coletes salva-vidas e que aprendam a nadar cedo.
Para a médica, em casas com crianças, as piscinas devem ter portões para evitar que os pequenos caiam ou tropecem. Nos rios, os afogamentos acontecem geralmente quando a criança sabe nadar, vai para o fundo e acaba se cansando. Já no mar, o perigo são as correntezas. Um pai distraído pode não perceber que o repuxo da água está levando o filho para o fundo.
Conforme um dos coordenadores do Projeto Golfinho, do Corpo de Bombeiros, Natanael Souza Costa, a orientação é que as crianças nas praias estejam sempre acompanhadas dos pais, em balneários de mar calmo, dentro da zona de bandeira verde e próximos aos postos de guarda-vidas.
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As recomendações são repassadas para os pequenos em atividades realizadas na temporada. No último verão, 400 crianças se formaram no programa.
– Ensinamos como se portar em praias e piscinas, como identificar as bandeiras e onde tem repuxo. Sempre batemos na tecla de que o melhor é entrar no mar acompanhadas dos pais – explica Costa.
:: Confira o vídeo com dicas contra afogamento da ONG Criança Segura
A coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura, Lia Gonsales, alerta para o caso das crianças que começam a entrar na pré-adolescência. É comum se arriscarem mais no mar por perceberem que têm um melhor desempenho físico, um grande risco para afogamentos. Das sete crianças entre zero e 12 anos que morreram nos rios e mares catarinenses (que não estavam cobertos por guarda-vidas) na última operação veraneio, cinco tinham mais de 10 anos.
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– Para os familiares, cria uma falsa impressão de autonomia. A criança passa a ter melhor desempenho motor, mas não tem discernimento para avaliar o perigo. O adulto responsável tem que supervisionar e apontar limites – alerta Lia.
Um curto descuido dos pais basta para um acidente na água. Se você está na praia, lendo essa reportagem, e não olhou o seu filho: cuidado. O tempo de leitura do texto até aqui é o necessário para uma criança perder a consciência no mar. Conforme a ONG Criança Segura, isso ocorre em até dois minutos. O resgate precisa ser rápido. Segundo a entidade, uma criança leva cinco minutos para morrer de asfixia.
Guarda-vidas nas praia de Florianópolis
Nesse feriado da Proclamação da República, os pais já encontrarão praias com guarda-vidas em operação das 8h às 20h em Florianópolis. São 14 balneários na Ilha atendidos na chamada pré-temporada. A partir do dia 1º de dezembro a Operação Veraneio entra na fase mais intensiva e atenderá 142 praias de 32 cidades do litoral catarinense.
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Ao todo, serão mais de 445 quilômetros de extensão de áreas protegidas para banho, sendo 279 locais de salvamento. Serão 1,5 mil guarda-vidas e cerca de 400 bombeiros militares.
Serviço de guarda-vidas estará ativado nas seguintes praias da Capital:
– Barra da Lagoa
– Praia Brava
– Campeche
– Canasvieiras
– Ingleses
– Joaquina
– Jurerê
– Morro das Pedras
– Matadeiro
– Praia Mole
– Praia da Galheta
– Santinho
– Açores
– Armação do Pântano do Sul