O esporte que motiva Odilon deu a ele a oportunidade de conhecer vários lugares do mundo. E agora será a vez de fazer bonito dentro do próprio país. Ele foi indicado pela remadora Fabiana Beltrame para carregar a tocha olímpica durante a passagem da chama pela Capital.

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– Essa oportunidade valoriza o remo e eu fico satisfeito porque estou fazendo algo a favor do meu esporte. É difícil praticar remo em nível olímpico no Brasil. A Fabiana (Beltrame) é um caso raro, ela mostrou que a gente tem talentos, mas precisa de patrocínio – desabafa o remador que segue atraído pelo mar. Já faz planos para a viagem à Dinamarca, quer participar de mais um mundial.

Remador Odilon Martins se mantém ativo aos 87 anos

– Aqui em Florianópolis o remo foi o esporte amador mais apreciado. Antes do aterro nós fazíamos o treinamento lá da Marinha, passávamos pelos clubes Aldo Luz e Francisco Martinelli, pelo Mercado Público, íamos até o Trapiche de Navegação da Hoepcke e voltávamos. A população acompanhava o treinamento – lembra.

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A cidade era diferente e o remo estava entre os destaques da Capital. Os clubes Aldo Luz e Francisco Martinelli tinham as suas próprias rádios para divulgar as notícias do esporte à população.

– O remo era tão apreciado que quando vencíamos uma prova no exterior o Governo do Estado nos recebia no Palácio com honrarias. Hoje, se ganhamos alguma coisa eles nem sabem, a diferença é muito grande.

(Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS)

Reconhecimento mundo afora

Odilon é dono de 16 títulos mundiais de remo máster. A última conquista aconteceu no Sul-Americano realizado em Santa Fé, na Argentina. Por lá Odilon venceu novamente e foi homenageado como o remador em atividade mais velho da América do Sul. Título do qual se orgulha muito.

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A receita para permanecer na ativa por tanto tempo é simples. Não fumar, não beber, ter uma vida moderada, sem muitas festas. Até comida em excesso faz mal, alerta o atleta amador que ainda hoje faz questão de carregar o próprio barco, que pesa cerca de 20 quilos e o remo algo em torno de dois quilos e meio. Desde que se aposentou passou a treinar às 8h. Antigamente ia para o mar às 5h da manhã porque tinha que trabalhar.

– A sua disposição realmente impressiona. O Odilon já fez muito pelo remo com os seus títulos e faz ainda, com as suas atitudes, mostrando para todos, inclusive os mais jovens, como é possível. Ele é um orgulho do remo catarinense, exalta Fabiana Beltrame, principal remadora do país.

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