Num momento em que a monarquia enfrenta questionamentos crescentes, a Holanda aposta na renovação da coroa. Ontem, após um jantar com milhares de convidados, incluindo integrantes de 20 casas reais de diferentes países, a rainha Beatrix abdicou de seu título em nome do filho Willem-Alexander.

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O novo rei, Willem-Alexander, é o primeiro monarca do sexo masculino da Holanda dos últimos 123 anos. Ele e a mulher, a argentina Máxima Zorreguieta, formam o casal real mais jovem das monarquias ocidentais – o primeiro da geração a se tornar reis do século XXI na Europa.

Segundo uma pesquisa da rede de televisão Nos, divulgada um dia antes da entronização, 69% dos holandeses acreditam que Willem-Alexander será um bom Rei. Um ano atrás eram 59%.

O príncipe pertence a uma geração de herdeiros conscientes dos desafios enfrentados pelas monarquias. Foi um dos primeiros a se casar por amor com uma jovem sem sangue azul, e que além disso não era holandesa, mas sul-americana. O carisma de Máxima, após 11 anos de casamento, conquistou os holandeses, mas não foi assim no início. A classe política holandesa e a maioria dos cidadãos viam com grande preocupação a escolha de seu herdeiro devido ao passado do pai de Máxima, Jorge Zorreguieta, secretário de Agricultura durante a ditadura militar argentina (1976-1983). O pai foi impedido de assistir ao casamento e, agora, Máxima se adiantou para anunciar que seus pais tampouco compareceriam à entronização.

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