O primeiro-ministro e homem forte da Rússia, Vladimir Putin, deve vencer no primeiro turno as eleições presidenciais deste domingo. Ele tem 64,39% dos votos, contadas as cédulas de 50% das seções eleitorais, anunciou a comissão eleitoral russa.

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Segundo a comissão, o comunista Guenadi Ziuganov está na segunda posição, com 17,13% dos votos, e o magnata Mikhail Projorov está em terceiro, com 6,97%, quase empatado com o populista Vladimir Jirinovski (6,71%).

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Em comício pós-eleitoral que atraiu dezenas de milhares de simpatizantes em frente ao Kremlin, em Moscou, Putin declarou vitória após uma disputa limpa pela Presidência.

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-Nós vencemos uma batalha aberta e honesta. Eu prometi que venceríamos e nós vencemos. Glória à Rússia! – bradou Putin, com lágrimas nos olhos e voz embargada, ao lado de seu afilhado político, o presidente em fim de mandato Dmitri Medvedev.

Putin afirmou que os eleitores russos não permitiram a destruição do Estado russo, enquanto 110 mil pessoas, segundo a polícia, se concentravam perto da Praça Vermelha para comemorar a vitória do homem forte do país.

Putin pode completar um quarto de século no poder

Presidente por dois mandatos consecutivos, tendo vencido as eleições em 2000 e 2004, Putin se tornou primeiro-ministro em 2008, por não poder concorrer a um terceiro mandato.

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Ele impulsionou, então, a candidatura de um subordinado, Dmitri Medvedev, à presidência, mas continuou sendo o homem forte do governo, como primeiro-ministro.

Uma reforma constitucional elevou de quatro para seis anos a duração do mandato presidencial. Putin poderia, ainda, se apresentar para a eleição de 2018 e se manter no poder, teoricamente, até 2024.

Em seu terceiro mandato presidencial, Putin deverá enfrentar um movimento de contestação sem precedentes contra seu regime. Após a série de manifestações celebradas nos últimos meses, a oposição prevê para a noite de segunda-feira uma nova concentração no centro da capital russa.

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