Ninguém no futebol catarinense fez tanto a alegria do torcedor do seu clube quanto Rafael Grampola. O camisa 9 do Joinville honra a tradição de grandes atacantes do Tricolor do Norte. A última grande atuação foi no domingo, quando marcou três vezes na vitória por 4 a 1 sobre o Inter de Lages, chegando a 20 gols em 19 partidas só neste ano. Um começo tão empolgante que renova as esperanças de um futuro melhor da equipe em 2018.
Continua depois da publicidade
– Este está sendo o meu melhor momento na carreira, com esse média. É o ano que mais fiz gols na carreira. E isso é fruto de várias coisas. Primeiramente, de Deus. Depois, da família. Minha esposa se sentiu bem aqui. Eu tive outras propostas, até melhores do que aqui, mas pensamos que Joinville seria melhor, e graças a Deus as coisas têm dado certo – destacou o goleador, que tem contrato com o clube até o meio de 2019.
O segundo semestre iluminado colocou Grampola na vitrine. Em um futebol com times cada vez mais defensivos, um jogador com facilidade de colocar a bola no fundo do barbante virou moeda rara e desejada. Mas ele garante que a cabeça está focada em obter mais algumas glórias pelo Tricolor.
– As coisas que chegam, quando perguntam se há interesse, eu sempre passo tudo para o meu empresário. Ele que resolve essas coisas com a diretoria. Para mim, não chegou nada formal. Hoje, o meu pensamento está aqui no Joinville. Estou feliz demais por essa fase – afirmou.
Continua depois da publicidade
Mas o especialista em fazer gol viu bater na trave a grande meta do Joinville na temporada. Apesar da sonora goleada por 8 a 1 sobre o Mogi Mirim na última rodada da primeira fase da Série C, foi justamente pelo saldo de gols que o JEC não conseguiu a classificação: ficaram faltando dois gols. Para o jogador, a vaga não foi alcançada por outros motivos: falou organização dentro e fora de campo.
– A gente sabe das dificuldades que o clube está passando, mas sempre tem que ter esperança de que vai melhorar. Se falar que não atrapalha, a gente está mentindo. É claro que atrapalha. A gente entende que o momento é difícil, mas acredita que vai melhorar no próximo ano e o Joinville vai conseguir voltar para a Série B – garantiu o atleta do Joinville, que na última semana retornou aos noticiários por causa de atraso nos pagamentos dos jogadores.
Nesta segunda-feira, Rafael Grampola entrou de férias juntamente com alguns outros atletas do JEC. Eles se reapresentam em dezembro de olho na pré-temporada para as competições de 2018.
Continua depois da publicidade
A caminho da história
Ainda é pouco tempo de Joinville para falar em história, mas Rafael Grampola caminha a passos largos para colocar seu nome na biografia do clube se continuar com os bons números.
No sábado fará cinco meses desde a primeira atuação com a camisa do JEC – a derrota por 3 a 0 para o Botafogo-SP -, mas alguns dados já colocam o centroavante ao lado de outros grandes da história, como Lima, Nardela e Zé Carlos Paulista. Eles, assim como Grampola, foram alguns dos poucos a conseguirem fazer gols em cinco jogos seguidos pelo time, marca alcançada pelo atual atacante diante de Macaé, Bragantino, Mogi Mirim, Tubarão e Brusque.
Mas em outra estatística ele já é soberano. Nunca, na história do Tricolor do Norte, um atleta fez três ou mais gols em duas partidas consecutivas, o que Grampola alcançou contra Mogi Mirim (pela Série C) e Tubarão (pela Copa Santa Catarina). Se o Joinville atuasse em competições maiores no cenário nacional, o torcedor teria visto o atacante pedir música no Fantástico pela terceira vez no último domingo.
Continua depois da publicidade
– Eu ainda estou surpreso por tudo o que aconteceu neste ano. Graças a Deus, foram quebradas algumas marcas. Isso, para mim é muito bom. Mas tá muito cedo ainda para dizer que faço parte da história. Espero, sim, ser campeão, e aí entrar para a história – frisa o camisa 9.
Leia outras notícias sobre o Joinville