Um quinto dos times da elite do futebol brasileiro é catarinense. Seria um quarto, uma pena que o Criciúma não resistiu e caiu. É uma realidade que agora espanta o país: afinal, somente São Paulo equipara (ou supera, dependendo ainda do rebaixamento ou não do Palmeiras) Santa Catarina em representatividade na primeira divisão.
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Com Avaí, Chapecoense, Joinville e Figueirense, a Série A do Brasileiro terá em seu conjunto um mini Catarinense. Portanto, o Estadual de 2015 será, sim, uma prévia para os quatro do que estará por vir ao longo da competição nacional.
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E, para o Tigre, o regional será uma preparação visando a um campeonato de alto nível na Série B e o retorno à Série A, já que o tricolor do Sul, de todos, é o mais vencedor em nível nacional: tem um título de Série C, duas conquistas de Séries B, uma Copa do Brasil e uma participação histórica na Libertadores.
Seria maluquice pensar em cinco times na elite em 2016? Ora, não era quase impossível de o Figueirense subir para a elite na temporada de 2013? Não era quase um milagre o Avaí chegar à Série A nesta última rodada?
Todos sabem que é uma possibilidade improvável ninguém cair em um campeonato tão complicado, mas não é impossível termos todos os nossos considerados grandes de SC na Série A.
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E aí igualaríamos ou até derrubaríamos em representatividade todo poder econômico de um centro como São Paulo, que ainda mantém Corinthians, São Paulo, Santos, Ponte Preta e, talvez, o Palmeiras, que está ameaçado pelo rebaixamento.
Vale lembrar que não seria inédito termos cinco times em um Nacional. Em 1979, tivemos cinco representantes no Brasileiro, mas o campeonato tinha 94 clubes, era uma aberração. Agora são 20 times, a nata do país do futebol.

Mínimo de R$ 100 milhões vai turbinar o futebol SC na temporada 2015
Um levantamento do jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, no seu blog hospedado no site da ESPN, mostra que o orçamento dos clubes de menor porte na Série A girava entre R$ 27 milhões e R$ 35 milhões.
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Um outro levantamento no site do Terceiro Tempo, no UOL, feito pelo jornalista Ednilson Valia, levantou que a partir de 2016 o valor pago pela TV vai partir de R$ 35 milhões.
Com este orçamento, que não leva em conta o Pay-per-view (clubes com mais pacotes vendidos, ganham mais), nem cotas de imagem e patrocínio, teríamos um mínimo de R$ 100 milhões girando junto aos clubes de futebol de SC em 2015.
Este valor na Europa não significa a contratação de um reforço da estirpe do zagueiro Tiago Silva, ou de um meia Oscar, para ficar com dois brasileiros de alto valor no mercado. Em nível nacional, contudo, permite estruturar uma equipe competitiva.
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Ainda mais que se sabe as loucuras administrativas que fazem as duas equipes que mais recebem, como Flamengo e Corinthians, times que levam quase R$ 170 milhões. Só o Timão projeta, em seu site oficial, um prejuízo orçamentário de 44,6 milhões até a metade de 2015.
No caso catarinense, um dos pontos a atacar é a ocupação do estádio. Neste quesito o Joinville está relativamente tranquilo. Sua taxa é uma das maiores do país, ainda assim fica em 43% (maior que a ocupação média da Série A, de 40%). Na Série B (sem contar a última rodada) a Ponte Preta com 37% e o Sampaio Corrêa e Vasco, ambos com 33%, eram os mais próximos do JEC.
Segundo levantamento do Globo.com, o Verdão (sem considerar a última rodada) não passava dos 10 mil pagantes e o Figueira não alcançou os 9 mil pagantes em média. Com base nisso, Chapecoense e Figueirense têm de melhorar bastante. Aumentar esta ocupação ajuda a ter mais dinheiro para investir no futebol.
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