Baco sorri e fica eufórico quando é convidado a participar de mais uma festa que consagra seu pupilo ao redor do mundo: o vinho!

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Vindima é o termo usado em todo o mundo para o momento da colheita das uvas, quando as vinícolas estão em plena produção e o atraente verde dos parreirais e a beleza dos vinhedos contagiam a todos.

Este período pode variar nos quatro cantos do globo: no Velho Mundo (França, Itália, Portugal e etc.) costuma ocorrer nos meses de setembro a outubro, já nos Estados Unidos, em agosto e setembro, em Mendoza, à partir de janeiro até no máximo em abril. Aqui em Santa Catarina, acontece em março e abril. Como regra geral, se dá no outono.

Nos dias 11, 12 e 13 de abril o “Deus do Vinho” pisou em terras catarinenses para a festa da 1ª Vindima de Altitude e se deparou com um novo terroir se firmando no mundo vitivinícola. Pôde observar a beleza de nossas araucárias, o friozinho das manhãs, o carinho de nossa gente hospitaleira, então se sentou no meio da plantação das uvas em um pôr do sol laranja-rosado único segurando uma bela taça de seu elixir e vibrou: uau!

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Meditou, observou e experimentou as borbulhas ricas em cremosidade e acidez das espumantes locais. Tomou vinhos brancos chardonnay e sauvignon blancs, que demonstram tipicidade e potencial em nosso microclima de solo rico em basalto. Com deslumbrante cor que vai do amarelo ao esverdeado, Dionísio se inebriou ao encontrar no nariz aromas cítricos e frutados de maçã, maracujá e abacaxi, também lhe agradou ao paladar a mineralidade e toques equilibrados de cravo, baunilha, manteiga e delicado amadeirado que foram transmitidos pelas barricas nas caves.

O blush dos vinhos rosé feitos com as castas pinot noir e merlot não apenas encantaram visualmente, mas pelo nariz rico em frutas vermelhas frescas como goiaba e morango com toques atípicos de mamão papaia, demonstraram sua boa elegância. Quem também apareceu notável e diferenciado em suas avaliações foi o vinho tinto feito apenas com a uva pinot noir. Com sua cor vermelho granado, belo olfato cheio de frutas do bosque como framboesa e groselha, floral de amor-perfeito e fina maciez em boca fizeram o deleite de Baco…

Aqui provou pinhão e o frescal típicos da culinária serrana acompanhado de vinhos tintos prontos estruturados cheios de frutas vermelhas maduras e redondos feitos à base de cabernet sauvignon e merlot. Espantou-se positivamente quando provou vinhos elaborados com sangiovese, uma casta de sua querida Itália. Achou aromas de cereja preta, chocolate, defumados e bons taninos que trazem potencial de guarda e evolução na garrafa.

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Parece que nosso solo é muito receptivo às cepas italianas, acredito que num futuro próximo teremos belas surpresas!

O gran finale se deu ao apreciar um vinho licoroso refinado de cor dourado, aromático e de ótima delicadeza ao paladar, oriundos de colheita tardia.

Ainda estamos engatinhando na vitivinicultura, os problemas de infraestrutura e entraves burocráticos ainda atrapalham os empreendedores apaixonados pelo vinho, mas acredito que as soluções virão. O saldo é totalmente positivo e animador, meus aplausos aos organizadores, produtores, poder público e principalmente às pessoas que estão se aproximando cada vez mais do fascinante mundo do vinho. Espero realmente que eu posso emitir um convite VIP para Baco todos os anos, tomara que este evento faça parte do calendário anual da Serra Catarinense! E tim-tim!

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