A coluna Livre Mercado começa, neste fim de semana, a publicar as ideias e compromissos dos principais candidatos a governador de Santa Catarina a medida em que eles forem sendo sabatinados pela Associação Empresarial de Joinville (Acij).
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A argumentação de cada um deles vai tratar de temas relacionados às maiores preocupações do empresariado local. Em pauta, temas essenciais à qualidade de vida, com foco no desenvolvimento econômico-social do município e da região.
Quem abre a série é Paulo Bauer (PSDB). Ele esteve em Joinville na última segunda-feira, dia 4, e recebeu da entidade empresarial documento apontando seis prioridades. O tucano se compromete a construir hospital estadual e diz que Joinville tem nomes qualificados nas áreas de saúde, educação e segurança para auxiliar num eventual governo que ele vai liderar. Confira a seguir as principais ideias de Bauer.
Novo hospital regional
– Existem dois caminhos possíveis para construir o novo hospital público regional em Joinville. Um, é por meio de uma parceira-público-privada (PPP). Podemos repetir o programa do governo do PSDB de São Paulo, que está construindo cinco hospitais com esse modelo. Uma licitação é realizada, a empresa vencedora constrói e equipa o hospital e faz a gestão de serviços, como limpeza e conservação.
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Assina-se um contrato de 20 anos com o Estado. A parte médico-hospitalar é operada por meio de uma organização social (OS), também contratada pelo governo do Estado. Esse modelo é interessante porque garante agilidade e eficiência tanto na construção quanto na operação.
Desoneração do transporte
– A redução da carga tributária de setores como o de transportes será objeto de estudo. Acredito que essa é uma medida com grande alcance social, e que não trará grandes impactos junto à arrecadação estadual.
Reforma administrativa
– Vamos fazer uma grande reforma administrativa, com a redução de secretarias, a fusão de órgãos e o corte de metade dos cargos políticos. A administração menor e mais ágil vai compensar eventuais perdas de receita.
Distribuição de recursos
– Joinville não pode ser o maior contribuinte do Estado e receber pouco em troca. Vamos ter critérios mais justos para distribuir os recursos do Tesouro estadual. Isto vale para obras como as da Santos Dumont, da Dona Francisca e da Santa Catarina.
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Representatividade política
– Joinville é modelo para o Brasil há muito tempo. A cidade é um dos mais importantes polos de desenvolvimento do País e tem grandes personalidades em todas as áreas. Pretendemos governar com os melhores. Com certeza, a cidade tem nomes competentes e experientes para nos ajudar na grande tarefa de mudar a atitude do governo, mudar as prioridades e fazer uma gestão competente para atender melhor aos catarinenses na saúde, na segurança, na educação e na mobilidade.
400 câmeras de segurança
– Com aproximadamente R$ 6 milhões, é possível instalar o sistema de videomonitoramento com 400 câmeras em Joinville. É um investimento muito pequeno, se comparado com o volume de recursos arrecadados pelo governo do Estado na cidade – foram cerca de R$ 900 milhões, somente em ICMS, em 2013. Por isso, assumo o compromisso de implantar este sistema e garantir mais segurança para o joinvilense.
Duplicação e melhorias em vias
– No caso da Santos Dumont, já existem recursos garantidos, por meio de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 47 milhões. O problema é que o atual governo iniciou a obra, fez apenas 300 metros e depois parou. Fazer obra sem planejamento dá nisso. Existem 96 imóveis que precisam ser desapropriados para permitir a retomada e a conclusão da duplicação.
Outro modelo
– Outra forma de realizar a obra é redirecionar recursos dos empréstimos que o governo do Estado fez, e que deverão ser honrados pelo próximo governador. Acredito que a prioridade é a saúde, e o atual governo quer gastar R$ 90 milhões para construir uma nova sede para a Polícia Civil, em Florianópolis. Com esse dinheiro, dá para construir e equipar um hospital com até 150 leitos.
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Conclusão do campus da UFSC
– A conclusão do campus da Universidade Federal de Santa Catarina depende de recursos federais. Vamos defender, junto ao novo presidente da República – que tenho a certeza de que será o nosso candidato Aécio Neves -, prioridade para este assunto.
Comparação
– Nos últimos três anos e meio, segundo dados do próprio governo do Estado, Joinville recebeu cerca de R$ 420 por habitante, e Lages mais do que o dobro. Se adotássemos uma média para a aplicação desse dinheiro, Joinville receberia aproximadamente R$ 350 milhões. A diferença seria suficiente para executar obras importantes, como as citadas.