Nem bem abriu as portas, a Febratex já viu os corredores lotarem de visitantes. Por volta das 16h de terça-feira era até difícil se locomover entre os estandes, dado o tamanho do movimento nos pavilhões do Parque Vila Germânica.
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Entre expositores, vendedores e compradores uma dupla chamou a atenção. Duas mulheres com roupas iguais, andavam entre os estandes, paravam, olhavam, conversavam, e voltavam a caminhar. Irmã Rosângela Rezende e Irmã Alessandra Almeida não prenderam apenas a minha atenção, mas alguém sempre olhava surpreso quando elas passavam. Simpáticas, contaram o que as trouxe para Blumenau:
– Temos uma confecção de paramentos litúrgicos, fazemos roupas para padres, e estamos procurando máquinas de bordar. Temos duas e precisamos de mais – explicou a Irmã Alessandra, contando que elas vieram de Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro e quase na divisa com o Espírito Santo. Entre um expositor e outro, elas debatiam e avaliavam qual era a marca mais vantajosa para a necessidade delas.
Freiras do Rio de Janeiro buscam máquinas de bordado para confecção de paramentos litúrgicos na 15ª Febratex – Foto: Patrick Rodrigues
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Ao longo dos cinco setores da feira (todos os pavilhões da Vila Germânica e mais um de lona com capacidade para 2 mil pessoas), os mais diversos sotaques negociavam em português, inglês, espanhol e chinês, isso para ficar nos idiomas que ouvi ontem à tarde. Com essa diversidade, a Febratex de fato se torna o centro dos negócios têxteis do mundo nessa semana, e parece não precisar mesmo se preocupar com a crise.