A proposta de orçamento da União para 2017 reservou pelo menos R$ 90 milhões para as obras de duplicação da BR-470. O valor é destinado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o trecho Navegantes-Rio do Sul. É um valor irrisório em relação ao tamanho da obra. Uma migalha. Mas não deixa de ser um alívio após os reiterados anúncios de cortes profundos no governo federal e as suspeitas de que a empreitada pudesse parar de vez.

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A expectativa é que os futuros repasses agilizem, pelo menos, as desapropriações, hoje o principal entrave ao andamento das obras. O projeto prevê, ao todo, 1.442 processos de indenização – mais da metade deles para os lotes 3 e 4, que correspondem aos acessos Blumenau-Gaspar e Blumenau-Indaial e representam, hoje, a situação mais grave da obra. Ali o projeto está suspenso, aguardando dinheiro para a abertura de mutirões de desapropriação.

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Os lotes 1 e 2, entre Navegantes e Gaspar, estão caminhando – mas com mais lentidão do que o esperado. No lote 1, com previsão de entrega em fevereiro de 2018, duas pontes estão em construção. E o lote 2 está em fase de aterro. Mas as frentes de trabalho são restritas por necessidade de desapropriação, remanejamento de rede de gás e a possível descoberta de um sítio arqueológico entre os quilômetros 19 e 20, o que pode emperrar os trabalhos de vez. O orçamento da União ainda depende da aprovação do Congresso. E a expectativa é que a Frente Parlamentar Catarinense trabalhe para garantir que a obra receba os recursos necessários.