A carapaça de Renan Calheiros (PMDB-AL) sofreu um arranhão. Nove anos depois do escândalo que quase lhe cassou o mandato, o senador tornou-se réu por peculato no Supremo Tribunal Federal (STF). Como vai reagir Renan? Com um senso de sobrevivência ímpar, não ficará parado. Fica um suspense no ar. A nova condição do senador materializa o passo de tartaruga produzido pelo foro privilegiado. Em 2007, o alagoano foi envolvido em um escândalo, diante da suspeita de que um lobista da Mendes Júnior pagava a pensão da filha do parlamentar, fruto de um relacionamento com a jornalista Mônica Veloso. Pois a investigação iniciada em 2007 pela Procuradoria-Geral da República só virou denúncia em 2013.

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O STF decidiu abrir a ação penal três anos depois, sendo que não há prazo para o julgamento do mérito. Houve tempo de sobra para Renan renunciar à presidência do Senado, driblar a cassação com aval dos colegas, mergulhar, se reeleger e reassumir o trono, apadrinhado por José Sarney (PMDB-AP).

Desde 2013, ele articula com a caneta mais poderosa do Senado em mãos. A partir de fevereiro do próximo ano, a situação muda. Outro presidente tomará posse e Renan, apesar da força interna, verá seu poder de barganha encolher em um momento no qual a Lava-Jato avança com a delação da Odebrecht. Em quase uma década, Renan erigiu sua aura de intocável perante o Judiciário. A história começou a mudar na quinta-feira.

10 anos

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É a duração do ajuste fiscal dos Estados discutida por governadores e Palácio do Planalto.

Palmas

Ao encerrar sua fala na audiência que discutiu o projeto de abuso de autoridade, o juiz federal Sérgio Moro foi aplaudido pela maioria dos senadores presentes. Já o petista Humberto Costa (PT) preferiu ficar paradinho, com a cabeça baixa.

Sugestão

Disposto a visitar Chapecó, o presidente Michel Temer preferiu não passar pelo velório na Arena Condá. Segundo assessores, Temer entende que sua presença no estádio, por questão de segurança, restringiria a circulação dos presentes. O presidente vai prestar sua homenagem às vítimas no aeroporto de Chapecó.