* Por Guilherme Mazui
Eunício Oliveira (PMDB-CE) programou o dia de hoje. Está muito próximo de conseguir, por meio dos votos dos colegas governistas e de oposição, o direito de sentar-se na cadeira de presidente do Senado pelos próximos dois anos.
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Empresário e latifundiário, genro do ex-presidente da Câmara Paes de Andrade, tesoureiro do PMDB, esse cearense de 64 anos cumpriu três mandatos de deputado federal, foi ministro das Comunicações no governo Lula e desembarcou no Senado em 2011.
Na estreia, comandou a prestigiosa Comissão de Constituição e Justiça. Aproximou-se do grupo de José Sarney (PMDB-AP), então presidente da Casa, e Renan Calheiros (PMDB-AL), que liderava a bancada do PMDB.
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Em 2013, quando Renan sucedeu Sarney, Eunício ganhou a disputa com Romero Jucá (PMDB-RR) e herdou o leme da maior bancada do Senado. Quatro anos depois, ele e o amigo de Alagoas devem inverter os postos. Mesmo citado na delação da Odebrecht, com o codinome Índio, Eunício é favorito.
Somente um grande escândalo nas próximas horas embaralha a votação. Tal condição reforça que, no PMDB do Senado, escolher bem os aliados, sempre aderir ao governo do momento e ter a devida paciência garantem espaços generosos na República.