A arte e a cultura pulsaram pelos corredores e arredores do Teatro Carlos Gomes neste fim de semana. A quinta edição do Colmeia atraiu centenas de jovens e adultos com apresentações de bandas, exposições, dança e outras atrações que, a exemplo dos anos anteriores, ajudam a rejuvenescer o clima na cidade.
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Diversidade
Exposições de fotos e quadros, oficinas, discussões literárias, mostras de curtas-metragens, atrações infantis e apresentações de dança também movimentaram enxames que, ao menos uma vez por ano, conseguem se reunir em um evento que centralize muitos dos protagonistas e apoiadores da cultura blumenauense.
Slackline nas alturas
Quem chegava para acompanhar as atrações na tarde de sábado logo era surpreendido por uma fita de slackline estendida na altura do segundo piso do teatro. O competidor Diogo Fernando testava o equilíbrio caminhando sobre a fita preso a uma corda. A torcida e os olhares vinham de quem estava na varanda do teatro e na praça, onde alguns mais iniciantes se divertiam e desafiavam a coordenação em uma fita muito mais baixa, com menos de um metro.
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O palco principal
As artes cênicas ocuparam o espaço nobre da programação do 5º Colmeia, o Grande Auditório Heinz Geyer. Quem abriu as apresentações foram atores de quatro núcleos de companhias de teatro blumenauenses, com a leitura dramática de Batimpaz, espetáculo da Temporada Blumenauense de Teatro. O palco recebeu mais oito peças e, na noite do sábado, abriu espaço também para apresentações de dança. Já no Pequeno Auditório Willy Sievert o rock e o rap predominaram nas apresentações de bandas que atraíram um público bastante jovem.
Reduto do hip hop
O salão de festas do Teatro Carlos Gomes se transformou em arena para os b-boys que participaram de uma batalha de break na tarde de sábado. O assoalho de madeira era a base sobre a qual os competidores deslizavam e giravam nas coreografias, ao som de James Brown e outros funks americanos remixados. Uma influência expressa também nas roupas e nos nomes dos passos.
Os passos e fundamentos eram analisados pelos jurados e observados com interesse também por espectadores como Tércia Voigt. Após assistir à apresentação da cantora e sobrinha Carol, uma das primeiras a se apresentar no palco da praça, ela, o genro e o neto acompanhavam os primeiros movimentos dos dançarinos.
– Sempre convido os amigos, gosto de assistir às apresentações de dança que ocorrem à noite. O Colmeia é uma ótima iniciativa que tem que continuar.
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O salão de festas abrigou durante todo o sábado e domingo os quatro elementos da cultura hip hop, com grafite e apresentação de DJs, MCs e grupos de rap.
Praça plural
Embora a maior parte das atrações se concentre no espaço interno do teatro, a praça é uma das almas do Colmeia. Ali qualquer eruditismo ou conspiração histórica sobre o Teatro Carlos Gomes é ofuscada por um público alternativo, com camisetas de bandas, tatuagens que revelam personagens favoritos e características das diferentes personalidades. A praça é também o único refúgio dos fumantes do festival e divide o espaço com vendedores de artesanato e muita conversa em rodas de amigos. Artistas como Carol Voigt, Alannaked e Heróis de Ninguém assinaram parte da trilha sonora do espaço no sábado.