Raimundo Colombo (PSD) está resistindo às orientações da Casa Militar, que defende a compra de um novo avião para o Executivo. O governador entende que o assunto não é prioridade, no momento, para o Estado. De acordo com ele, apesar de antiga, a atual frota tem condições de atender às necessidades. Ainda assim, a assessoria militar finaliza um estudo sobre o custo-benefício do investimento em uma nova aeronave.

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Colombo reconhece que o assunto terá que ser discutido em algum momento, já que as atuais aeronaves estão com mais de 20 anos de uso, mas acha que a decisão pode esperar mais.

– Os nossos aviões são velhos e o pessoal se assustou porque umas duas vezes o trem de pouso não baixou, mas para mim, no momento, o Estado tem outras prioridades. Este estudo nem chegou às minhas mãos. Eles nem me mostram porque sabem que sou contra – destaca Colombo.

Apesar da resistência do governador, para a Casa Militar o assunto é considerado de urgência, já que o estado da atual frota representaria um risco à segurança. Segundo o secretário-executivo da Casa Militar, tenente-coronel Nildo Teixeira, a equipe técnica está fazendo um levantamento com 25 modelos de aeronaves para avaliar qual apresenta melhor custo-benefício para o Estado.

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A ideia é chegar a dois ou três modelos para levar o assunto ao governador. Estão sendo considerados fatores como o preço da aeronave, o custo de manutenção e a vida útil do aparelho. O governo tem quatro aeronaves: o jato Citation (de 1989) e o Cheyenne (de 1982) são as duas mais utilizadas. As outras duas – Carajá (1983) e Xingu (1984) -, foram fabricadas em série limitada, o que torna a manutenção muito cara.

Atualmente, apenas o Xingu está apto para voar – o Carajá está parado desde dezembro porque não se encontra peça para reposição, o jato e o Cheyenne estão passando por revisão.

Para deslocamentos mais longos, o governo estadual tem o contrato com um jatinho particular e, na semana passada, fechou o contrato para o aluguel de um helicóptero para viagens a locais onde há dificuldades de pouso para uma aeronave de maior porte.

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Para Teixeira, o ideal seria o governo vender os dois aviões mais problemáticos – o Xingu e o Carajá – e comprar outras duas aeronaves, já que além dos deslocamentos do governador e vice, a frota atende todo o governo e também alguns serviços de urgência como o transporte de órgãos para o SC Transplantes. Mas o chefe da Casa Militar pondera que adquirir dois aviões está fora de cogitação, por questões financeiras, e que uma resolveria o caso.