Áreas que enfrentaram crises fortes nos últimos anos com o crime organizado, a Segurança Pública e a Justiça e Cidadania são as primeiras a terem definidos os secretários à frente do segundo mandato do governador Raimundo Colombo (PSD), a partir de janeiro.

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A permanência do promotor César Grubba (sem partido) na Segurança Pública não causou surpresa no anúncio de Colombo, na manhã desta quarta-feira, quando ele também revelou o retorno de Ada de Luca (PMDB) à Justiça e Cidadania e que Eduardo Deschamps (PMDB) seguirá no cargo de secretário da Educação.

Colombo disse que o trabalho de Grubba é muito bom e que a imagem dele no governo federal e nos órgãos de segurança é a melhor possível. Internamente, a escolha também se deve ao fato de Grubba ser um técnico e não um político.

O retorno de Ada de Luca, deputada estadual reeleita, à secretaria da Justiça e Cidadania, surpreendeu porque a área tem enfrentado grandes dificuldades que geram desgaste ao governo como o fato de não conseguir agilizar a construção de novos presídios ou simplesmente não garantir o funcionamento de bloqueadores de celulares nas cadeias.

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Os pontos que pesaram para a volta de Ada – no primeiro mandato de Colombo ela ficou três anos e meio no cargo – estão ligados principalmente à ressocialização dos presos.

Embora o Estado tenha tido manchetes nacionais negativas por causa de quatro ondas de atentados nas ruas sendo comandadas por criminosos de dentro das prisões, Ada conseguiu números positivos.

Segundo o governador, ela ampliou para 7 mil o número de presos que trabalham nas cadeias e também fez mudanças importantes das gerências das 48 unidades prisionais do Estado.

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– Gente do Brasil inteiro está vindo aqui em Santa Catarina para conhecer o que foi feito no sistema prisional -, destacou o governador.

Ada foi secretária até abril, quando saiu para concorrer às eleições. Ela não revelou ainda quem será o secretário adjunto e o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap). O atual do diretor do Deap, Leandro Lima, é cotado para ser secretário adjunto ou permanecer no Deap.

CHEFES DAS POLÍCIAS DESEJAM PERMANECER

Com a definição da dupla César Grubba e Ada de Luca cresceram as expectativas nos bastidores sobre quem serão os chefes das polícias Civil e Militar.

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Os atuais ocupantes dos cargos sinalizam intenção de continuar. O governador afirma que os secretários têm autonomia para fazer as mudanças internas nas corporações, o que deverá acontecer.

Na Segurança, o secretário Grubba ainda não anunciou se mexerá ou não nos comandos das polícias.

O comandante-geral da PM, coronel Valdemir Cabral, afirmou que tem a pretensão de continuar no posto. Nos bastidores são grandes as movimentações para que o subcomandante, coronel Paulo Henrique Hemm, seja o novo comandante-geral.

A incógnita maior é na Polícia Civil. O delegado-geral Aldo Pinheiro D´Ávila afirmou que está à disposição para seguir no cargo.

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Há informações de nomes cotados, mas não com tanta ênfase quanto na PM. Alguns cogitados são o atual diretor do Litoral, Artur Nitz, e o diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Akira Sato.