FLORIANÓPOLIS – De volta a Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo pediu, ontem, aos professores da rede estadual, em greve há 14 dias, que voltem às aulas para que haja novas negociações e avanço na proposta. Ele afirmou que é impossível atender à reivindicação dos docentes, que exigem o pagamento do piso seguindo a progressão na carreira.
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O governador informou que estudos continuam sendo feitos, para que se consiga melhorar a proposta apresentada numa medida provisória (MP), na semana passada. A decisão garante o pagamento do piso nacional do magistério de R$ 1.187 para 35 mil professores (53%) da rede estadual que ainda não recebiam isso no salário-base. Para os demais docentes, nada mudou.
Colombo disse que sempre soube do achatamento na tabela salarial que a proposta causaria e que um novo plano de carreira está sendo discutido. Ele descartou retirar a MP, em tramitação na Assembleia:
– Ela será votada em 60 dias.
O governador desconhece o pedido de audiência por parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), porém disse estar à disposição.
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Amanhã, Colombo terá uma reunião com o ministro da Educação, Fernando Haddad, quando pedirá os recursos prometidos pelo governo federal a estados e municípios que não têm condições de cumprir o piso. Ele também quer esclarecimentos sobre a lei e informações de como os outros estados estão fazendo para cumprir a legislação. O governador ainda observou que em janeiro de 2012 haverá um novo reajuste, de 22%, sobre os R$ 1.187.
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, estranhou o fato de o governador não ter recebido o pedido de audiência. De acordo com ela, o texto foi protocolado e encaminhando ao governo quinta-feira.
Amanhã, o comando de greve estará reunido em Florianópolis e eles pretendem ficar em frente ao Centro Administrativo até que o governador os receba para uma audiência. (Colaborou Mayara Rinaldi)