BRASÍLIA – Em busca de socorro para encerrar a greve do magistério, o governador Raimundo Colombo ouviu um não ontem do ministro da Educação, Fernando Haddad.

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Durante audiência em Brasília, Colombo pediu aporte de recursos para que a categoria tivesse um aumento salarial superior ao piso nacional, estipulado em R$ 1.187. Haddad, contudo, afirmou que o ministério só pode socorrer os estados que não conseguirem pagar o valor previsto em lei. O governo estadual tem caixa para pagar o piso, porém, enfrenta dificuldades para conceder um reajuste maior para os professores com especialização e mais tempo de profissão.

– Ficou claro que não tem como avançar. Os professores querem a progressão integral da tabela, o que daria R$ 110 milhões por mês. Isso é impossível – concluiu Colombo.

Presente à reunião, a ministra da Pesca, Ideli Salvati, afirmou que Haddad se comprometeu a pedir à presidente Dilma Rousseff que interceda junto ao Supremo Tribunal Federal para agilizar a publicação do acórdão que detalha os mecanismos do piso nacional do magistério. Professora aposentada, a ministra revelou que se estivesse em sala de aula receberia o piso da categoria, que acabou achatando os salários mais altos.

– Pensaram no piso, mas não se lembraram do teto – comentou Ideli.

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