Em uma reunião discreta, sem registro de imagens e à distância segura da imprensa, o governador Raimundo Colombo (PSD) e o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) tentaram acertar as arestas que dificultam a ampla aliança projetada pelo pessedista para concorrer à reeleição. Ao final do encontro, a dupla decidiu ampliar as conversas para tentar manter a aliança que governa o Estado desde 2006.

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Com a presença do ex-senador Jorge Bornhausen e, em um segundo momento, do vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), o encontro começou por volta das 10h30min, quando o senador Luiz Henrique chegou à Casa da Agronômica. A maior expectativa era sobre o veto público imposto pelo peemedebista à participação do PP na chapa com a candidatura ao Senado.

Luiz Henrique teria baixado o tom da resistência ao PP. Em entrevista ao colunista Moacir Pereira, na quarta-feira passada, ele afirmou que não havia “a menor hipótese” de que peemedebistas e pepistas dividissem o palanque do governador. Ontem, ele apresentou as dificuldades da composição e manteve a contrariedade em relação à ampliação da aliança.

Cerca de duas horas depois, os carros pretos modelo sedan que trouxeram os políticos para a residência oficial do governador começaram a deixar o local. Não foram concedidas entrevistas aos repórteres que aguardavam na calçada o final do encontro. Colombo não autorizou nem mesmo que sua assessoria fotografasse a reunião. Em nota oficial, afirmou que “nenhum de nós fez nenhum veto, é claro que existem dificuldades que são conhecidas e precisam ser superadas”.

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Imediatamente, Luiz Henrique viajou para Brasília na aeronave oficial do governo do Estado, de carona com a secretária de Desenvolvimento Econômico Lucia Dellagnelo. Ambos tinham uma agenda com o ministro da Defesa, Celso Amorim. O senador não atendeu os telefonemas da reportagem. À tarde, após assinatura da ordem de serviço para reforma da ponte no Canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis, o governador concedeu entrevista (leia a íntegra na página 8) e revelou o plano de ampliar o debate com os partidos que o apoiam na Assembleia Legislativa _ o que inclui o PP. Prometeu começar no dia 19 de abril as rodadas de conversas com as legendas, iniciando pelo PMDB.

O governador alega a necessidade de fazer amplas reformas em um segundo mandato e que para isso precisaram de uma aliança maior.

– O que eu proponho é um pacto político para que a gente possa juntos fazer aquilo que será uma contribuição para futuras gerações – disse.

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