O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), saíram do encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília, alinhados ao seu discurso de propostas para a mobilidade urbana, além das quatro outras áreas citadas: saúde, educação, combate à corrupção e responsabilidade fiscal.

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– Nós formaremos grupos de trabalho de forma muito ágil para que a gente possa ter resultados e possa melhorar em cada uma dessas cinco áreas que foram propostas – disse Colombo.

– Nós, prefeitos da capital do Sul do Brasil, vamos nos reunir para estabelecer uma pauta de maneira muito objetiva que conduza para mais desonerações que venham a baratear a tarifa, que hoje é um problema sério em todo o Brasil – falou em seguida Cesar Souza Junior, trazendo o assunto para o tema central das discussões.

Para o prefeito, é fundamental o fato de a questão da mobilidade urbana ter entrado na pauta nacional. A medida mais concreta da reunião foi uma futura desoneração de PIS e Cofins sobre o óleo diesel utilizado pelos ônibus no transporte público. E também houve a sinalização de que as capitais do país podem passar a receber subsídios federais para ajudar a custear o transporte público.

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Colombo destacou ainda o pacote de R$ 50 bilhões anunciado pela presidente. Mas disse que os números que serão disponibilizados para cada Estado ou prefeitura ainda não foram definidos.

Apesar de ainda não ter um valor estabelecido para os repasses, as prioridades para Florianópolis – elencadas pelo prefeito para esse pacote – são a duplicação da via expressa, passando a ter quatro pistas, o transporte marítimo e a instalação de um sistema de BRT (Bus Rapid Transit, algo como trânsito rápido de ônibus, composto por corredores exclusivos de ônibus).

– A modernização do sistema com informatização e também o reforço da nossa central de inteligência para termos instrumentos mais modernos de gerenciamento de tráfego – complementa Cesar.

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:: Plebiscito para uma reforma política e tarifa zero.

Tanto Colombo como Cesar concordaram com a iniciativa de pedir um plebiscito para que os eleitores decidam se querem uma constituinte exclusiva que realizará uma reforma política.

– É um plebiscito popular específico. Um trabalho conjunto e aberto para fazer uma reforma importante – disse Colombo.

– Essa é a mãe de todas as reformas. Nosso modelo político está superado e eu creio que uma reforma política conduza para uma afirmação dos partidos, um reforço dos partidos, como instituições legítimas de mediação da sociedade com os governos – respondeu Cesar.

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Quanto à tarifa zero, o governador afirmou que o tema nem chegou a ser debatido na reunião, pois seria considerado inviável.

– Isso não foi tratado. Isso aí não existe. O subsídio ou sai do cidadão ou do usuário.