Quem não tem Falcao García, vai de James Rodríguez. Na falta do craque, foi o seu coadjuvante no Monaco o jogador decisivo para a Colômbia vencer a Costa do Marfim por 2 a 1 no Mané Garrincha, em Brasília.

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Não foi falta de apoio que a Colômbia demorou para abrir o placar. Aos gritos do tradicional “olê olê, olê olá, que mi Colombia vá a ganar”, 68,7 mil torcedores fizeram um jogo praticamente de torcida única. De tanta empolgação, uma bola inflável gigante foi parar em campo a seis minutos.

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Quanto à Costa do Marfim, havia no estádio mais camisas de times brasileiros do que do time africano. Tudo apontava, portanto, para uma caçada de elefantes em campo.

Mas se tratavam de dois times ressentidos da falta de seus craques. A Colômbia é um time azeitado, mas no acabamento das jogadas, sem Falcao, aconteciam lances como a incrível furada em bola de Téofilo Gutiérrez, a 27 minutos.

Pela Costa do Marfim, Didier Drobga voltou a começar no banco. Em entrevista após a partida, o técnico francês Sabri Lamouchi se irritou quando jornalistas africanos perguntaram se não se tratava de implicância:

– Não estou obcecado dor Didier. É apenas o segundo jogo que ele começa no banco. E, até onde eu vi, nossos jogadores vinham dominando a partida.

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Sem o astro, a Costa do Marfim dependia de lampejos de jogadores como o rápido Gervinho e o gigante Yaya Touré. O meia de 1,91m do Manchester City passou a primeira etapa como uma girafa tentando correr com uma hiena mordendo-lhe os calcanhares – e ela atendia por Sanchez.

Aos 10 minutos do segundo tempo, o tímido grito de “Drogba!” correu as arquibancadas (puxado por brasileiros e vaiado por colombianos) e foi atendido tão logo Cuadrado – de grande atuação – acertou o travessão dos africanos.

Mas era tarde demais. o craque entrou para testemunhar o início da vitória colombiana. A 18 minutos, Rodríguez cabeceou uma cobrança de escanteio para as redes. Minutos depois, em jogada de contra-ataque, o mesmo Rodríguez, eleito o craque do jogo, serviu Quintero para ampliar e, enfim, incendiar o antes tenso Mané Garrincha. A atuação fez o técnico José Pékerman derramar-se em elogios.

– É um jogador que não para de evoluir. Tem visão de jogo e conclusão. Vai ser um dos melhores desse campeonato e está no mais alto nível de jogadores do mundo – declarou o treinador argentino.

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Gervinho, meia-atacante de futebol mais bonito do que o nome e o penteado, foi recompensado fazendo o gol de honra da Costa do Marfim. Ele driblou três e concluiu no canto de Ospina a 27 minutos. Fez um dos gols mais belos da Copa até aqui. Seguiu um jogo franco de ataque e contra-ataque, mas o placar ficou como estava: 2 a 1 para a Colômbia.

Muito próximos da vaga, os cafeteros encaram o Japão na Arena Pantanal, em Cuiabá, no dia 14, às 17h. Os elefantes, embora mordiscados, seguem vivos para buscar vaga às oitavas contra a Grécia em jogo simultâneo, no Castelão.

Ficha

Colômbia (2)

Ospina; Zuniga, Zapata, Yepes, Armero (Arias, 26?/2t); Aguilar (Mejia, 33?/2t), Sanchez, Rodriguez, Cuadrado, Ibarbo (Quintero, 7?/2t); Gutierrez

Técnico: José Pékerman

Costa do Marfim (1)

Barry; Aurier, Zokora, Bamba, Boka; Serey (Bolly, 27?/2t), Tiote, Yaya Toure, Gervinho, Gradel (Kalou, 22?, 2t); Bony (Drogba, 15?/2t)

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Técnico: Sabri Lamouchi

Gols: Rodríguez (COL, 18?/2t), Quintero (COL, 24?/2t), Gervinho (CDM, 27?/2t).

Cartões amarelos: Tioté (CDM).