O político de direita Iván Duque assume a presidência da Colômbia nesta terça-feira com os objetivos de endurecer a política de paz de seu antecessor e de asfixiar diplomaticamente o governo de Nicolás Maduro na Venezuela.

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Advogado de 42 anos e herdeiro político do influente ex-presidente e senador Álvaro Uribe – investigado atualmente pela Corte Suprema -, Duque vai tomar posse para governar o país por quatro anos, depois de ter sido eleito no segundo turno em 17 de junho.

Duque sucederá o impopular Juan Manuel Santos, ao lado do qual iniciou sua vida pública, mas de quem se afastou até virar um duro rival, sempre sob a orientação de Uribe.

Apesar de contar com maioria no Congresso, o ex-senador enfrentará um difícil início de mandato e uma oposição que prepara protestos de boas-vindas ainda nesta terça-feira.

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Quarta maior economia da América Latina, a Colômbia vive uma delicada fase de implementação dos compromissos assinados com as Farc – a guerrilha que se tornou um partido -, ao mesmo tempo que enfrenta diversos focos de violência financiados pelo narcotráfico.

Além do futuro da paz, “a situação de seu mentor, o ex-presidente Uribe, e as relações com a Venezuela são os pontos chave do início da gestão”, afirmou à AFP Diana Avellaneda, cientista política da Universidade Javeriana.

Com o retorno do uribismo ao poder, a Colômbia fortalece o bloco de direita no continente, após as vitórias na Argentina, Chile e Peru.

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* AFP