O Comitê contra os Desaparecimentos Forçados da ONU deu o prazo de um ano à Colômbia para que informe sobre as medidas tomadas para esclarecer “os casos de desaparecimentos forçados” – indicou nesta sexta-feira (14) Rainer Huhle, membro do órgão.
Continua depois da publicidade
Apresentado nesta sexta-feira, o texto pede à Colômbia que “agilize o processo de depuração e consolidação” da informação sobre pessoas desaparecidas para ter “informações precisas”.
O ditame apresentado por Huhle pede ainda que constem, no Registro Nacional de Desaparecidos (RND), “todos os casos de pessoas desaparecidas”, de maneira “exaustiva” e que seja atualizado.
Desde 1938, cerca de “80.000 pessoas não foram localizadas”, acrescentou Huhle.
“Não se sabe o que lhes aconteceu. Se são desaparecimentos forçados, ou execuções extrajudiciais, e se aconteceram dentro, ou fora, do conflito armado”, acrescentou.
Continua depois da publicidade
“Queremos que a Colômbia nos dê informação, dentro de um ano, no mais tardar”, insistiu.
Luciano Hazan, outro membro do Comitê de Especialistas da ONU, que vela pelo cumprimento da Convenção sobre a Prevenção dos Desaparecimentos Forçados, afirmou que “continua havendo desaparecimentos” na Colômbia.
“Pedimos que se abram os arquivos de Inteligência das Forças Armadas e de Segurança, para que haja investigações eficazes e evitar qualquer forma de impunidade, e que as vítimas sejam ouvidas”, disse à AFP.
O mesmo Comitê da ONU também pede à Colômbia que “continue e incremente seus esforços de busca, localização e libertação das pessoas desaparecidas” e a estimula, no âmbito das “negociações de paz” entre o governo e as Farc, para “prosseguir seus esforços para garantir a plena realização dos direitos das vítimas de desaparecimento forçada”.
jlf-pa/jz/tt/lr