Os delegados do Colégio Eleitoral ratificaram nesta segunda-feira (14) a vitória de Joe Biden nas eleições para presidente dos Estados Unidos (EUA). O democrata somou 306 votos, contra 232 do republicano Donald Trump – o totalização dos votos no Colégio Eleitoral ainda não terminou. 

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As atenções estavam voltadas para ao menos seis estados fundamentais para sedimentar a vitória do democrata: Arizona, Geórgia, Nevada, Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, onde Trump, que não aceita a derrota e fala sobre fraudes nas eleições sem apresentar provas, travou batalhas judiciais para reverter o resultado. Em todos eles, o democrata garantiu os votos conquistados no pleito. 

Em Michigan, os 16 delegados receberam escolta policial até o local de votação, onde manifestantes eram esperados durante o dia. Devido às ameaças de violência, o comando do Legislativo local ordenou que a sede da Assembleia, onde ocorreu a votação, ficasse fechada ao público. Os escritórios do legisladores estaduais, dentro do prédio, também não abriram nesta segunda por questões de segurança.

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A votação no Colégio Eleitoral é ainda a penúltima etapa do longo e vagaroso processo para chancelar a vitória do democrata à Casa Branca. Os resultados certificados nesta segunda serão enviados ao Congresso, que fará a contagem das cédulas em 6 de janeiro, numa sessão conjunta entre Câmara e Senado e presidida pelo atual vice-presidente do país, Mike Pence.
Somente então Biden é declarado oficialmente eleito e segue para a posse, marcada para 20 de janeiro. 

A vitória de Biden foi declarada pelas tradicionais projeções da imprensa americana em 7 de novembro, após alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral, sistema indireto que escolhe o presidente dos EUA. Nesta segunda, os delegados do colegiado formalizaram os votos dos 50 estados mais o Distrito de Columbia, onde fica a capital do país, Washington. 

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Biden será eleito porque os votos dos delegados seguem a preferência mostrada nas urnas. Os resultados da apuração, certificados pelos estados, mostram que o democrata obteve 81,3 milhões de votos, ante 74,3 milhões de Trump.

Tradicionalmente, a votação do Colégio Eleitoral é considerada uma mera formalidade, que desperta pouca ou nenhuma atenção dos americanos. Mas neste ano foi diferente. O processo acontece em meio à recusa do presidente Trump em aceitar a derrota e de sua insistência na tese fantasiosa e sem provas de que o pleito foi fraudado. 

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O presidente e seus aliados pressionaram autoridades republicanas a ignorar o voto popular em estados em que Biden venceu por margem pequena, na tentativa de que eles indicassem seus próprios delegados para favorecer Trump no Colégio Eleitoral. Apesar das pressões, não há disposição política, mesmo entre republicanos, para subverter o processo democrático do país, e o resultado desta segunda não teve nenhuma surpresa.

*Por Marina Dias.

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