O frenesi causado pela estreia do filme da Barbie, nesta quinta-feira (20), trouxe à tona a paixão antiga de muita gente pela boneca mais queridinha do mundo. E em meio à onda rosa que surge impulsionada pelo cinema, Rejane Rodacki, moradora de Blumenau, abriu as portas de casa ao Santa para mostrar uma coleção especial. Ela tem quase 900 bonecas, das quais algumas são bem raras.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Blumenau e região por WhatsApp

O cômodo reservado especialmente para abrigar a coleção inclusive já está pequeno para tantas Barbies. Em uma das inúmeras prateleiras — onde é quase impossível manter a concentração em uma peça por vez — a primeira coleção que Rejane, de 68 anos, montou quando as filhas ainda eram pequenas. A Dolls of the World, como foi batizada, traz Barbies em looks que representam todos os países do mundo.

— Eu dizia para as meninas: “não quero que brinquem com essas, vamos deixar no quarto para enfeitar, porque são bonitas” — recorda.

A história da colecionadora com a boneca começou quando ela tinha 13 anos, ao ver uma Barbie pela primeira vez em uma loja no Centro de Blumenau e ganhar de presente da mãe. Ela sempre brincava com a boneca, mas conforme cresceu e a programação passou a incluir outras atividades, o brinquedo ficou guardado no armário. Quando casou, aquela paixão voltou com tudo e nunca mais teve fim.

Continua depois da publicidade

— Quando fui morar ali no morro do Colégio Pedro II, minha vizinha tinha uma filha de quatro anos, e comecei a fazer roupas para as bonecas dela e comprar cartelas de acessórios — conta.

Filme da Barbie provoca corre-corre por ingressos em Blumenau

Pequena parte da coleção de Barbies da catarinense (Foto: Talita Catie, Santa)

O tempo passou, Rejane deu à luz três meninas e sempre incentivava a gostar da boneca. Até que em 1990 esteve pela primeira vez nos Estados Unidos e se deparou uma loja cheia de Barbies.

— Fique alucinada. Quando podia imaginar Barbie de coleção. Fiquei babando, fotografei um monte, só que eram muito caras e eu precisava de bonecas para “descabelar, por causa das crianças, então trouxe as mais baratas — relembra.

Com o passar dos anos, e as viagens mais frequentes, Rejane começou a coleção para valer.

Já era 1995 quando ela se apaixonou por uma Barbie da Scarlett O’Hara, do filme E o vento levou. Porém, a boneca de vestido branco com detalhes verde e um chapelão custava quase 80 dólares, e Rejane decidiu não comprar. Parecia que seria amor à distância mesmo, até que sete anos depois, a filha dela foi estudar em Curitiba perto de uma loja de brinquedos.

Continua depois da publicidade

Não demorou até ela contar sobre a boneca dos sonhos ao vendedor e ele tratar de ir atrás. Pouco tempo depois, o telefone tocou: Rejane tinha conseguido. Hoje a Barbie está no quarto da colecionadora, onde é possível apreciar também uma série de bonecas vestidas de noivas. Aliás, entre as quase 900 Barbies, uma usa um vestido assinado pelo mesmo design do vestido da filha de Bill Clinton, revela.

Rejane mostra os livros que tem da Barbie, nos quais marcas as que já estão na coleção dela (Foto: Talita Catie, Santa)

Rejane sabe a história por trás de cada boneca que compra. Conta a contribuição dada por cada uma das mulheres da série Inspiring Women, que traz, por exemplo, a artista Frida Kahlo e a pioneira na enfermagem Florence Nightingale, como destaques. Já experiente nesse universo, detalha as categorias das bonecas, desde a mais comum até a platinum, e os materiais de que foram produzidas.

Inclusive, faz questão de explicar como surgiu a Barbie.

— A Ruth Handlerr, esposa de uma dos sócios da Mattel, percebeu que a filha não queria mais brincar com boneca de bebê, que ela recortava misses das revistas e queria colocar roupinhas, como uma pessoa adulta. Aí ela se inspirou em uma boneca alemã e chamou um design para fazer. O nome da menina era Bárbara, por isso ficou Barbie.

A colecionadora cuida pessoalmente, e com muito carinho, da limpeza das bonecas que estão fora da caixa e fica atenta às manchas amareladas naquelas de vestidos claros. Embora nunca tenha parado para calcular o quanto investiu na coleção, sabe que peças ali custam altas cifras atualmente. Por isso, já aprendeu que a hora de comprar é quando o lançamento sai, antes que comece o corre-corre. Foi pensando nisso que Rejane já garantiu mais da metade da coleção alusiva ao filme.

Continua depois da publicidade

Saiba tudo sobre o filme da Barbie, que chegou aos cinemas nesta quinta-feira

Rejane mostra no celular as Barbies compradas da coleção alusiva ao filme (Foto: Talita Catie, Santa)

Ao longo dos anos, Rejane chegou a participar de congressos promovidos pela Mattel, empresa americana criadora da Barbie. Foi nesses eventos, inclusive, que conheceu os dois fornecedores da boneca com quem ela chega a ter um “crediário”, para aumentar a coleção. A paixão é tamanha que ganhou das filhas livros sobre as Barbies e faz questão de colar um adesivo para marcar as que já tem.

Veja galeria de fotos da coleção de Barbies

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

(Foto: Talita Catie, Santa)

Leia também:

Diretora de Barbie fala sobre o filme: “é como se todos fossem minhas bonecas”

Brechós de luxo em Blumenau vivem boom com mercado milionário e sofisticado