Catarinense de Concórdia, no Oeste do Estado, Ivonei Grolli é um dos brasileiros que está preso entre a Argentina e o Chile por causa de uma forte nevasca que atinge a região desde o último fim de semana. Segundo o caminhoneiro, ainda no sábado (9), ele e outros motoristas não conseguiram seguir viagem e interromperam o trajeto na cidade de Las Cuevas, na Argentina.
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Com o caminhão carregado de óleo de frango, Ivonei conta que saiu de Santa Catarina, passou pela cidade de Rolândia, no Paraná, e seguiu em direção a Santiago, capital chilena. Mas, a neve alterou completamente os planos.
— Eu nem cheguei a conseguir atravessar para o lado chileno. Peguei a nevasca em Las Cuevas, na Argentina, e fiquei parado. Peguei a nevasca no sábado, às 14h, e no domingo, perto das 15h, foi a hora que eu consegui sair da nevasca, do caminhão e ir para o abrigo. Era o único jeito de não morrer congelado — relata o catarinense.
Segundo Ivonei, sem haver previsão de liberação da via, a orientação imediata foi para que as pessoas buscassem locais para se proteger do frio.
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— Todo mundo foi orientado a sair dos caminhões, procurar um abrigo seguro e quente porque onde nós estavámos, na neve, não dava de ficar, era muito frio. Fomos orientados, praticamente obrigados, a procurar um abrigo seguro e quente porque lá não tinha condições — afirma.
De acordo com informações da ABTI, passadas ao repórter Lucas Bello, da NSC TV, cerca de 100 trabalhadores brasileiros estão presos na nevasca entre a Argentina e o Chile.
Segundo Ivonei, no território argentino, os motoristas têm custeado a hospedagem e alimentação durante esses dias. A previsão é de que nova nevasca siga até o próximo sábado.
— Nós estávamos em uma base do Exército, só que do lado dela tem um hotel, no mesmo patio da base do Exército. A gente estava pagando por nossa conta para pernoitar e para comer (…). Na parte da Argentina, tivemos que nos virar por conta — explica o catarinense que conversou com o Diário Catarinense enquanto estava na região da aduana.
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Para Ivonei, enfrentar um cenário de nevasca parece ficção e a situação é relatada por ele como uma “sensação única”.
— É uma sensação única né?! Uma sensação unica. A gente vê esse tipo de coisa por filme, por internet… agora você sentir na pele é uma sensação única — destaca.
Veja o relato do caminhoneiro na nevasca
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