Uma modalidade diferente de tráfico de drogas foi desvendada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma abordagem de rotina na BR-101, em Itapema, nesta terça-feira. Em roupas, cocaína engomada era transportada por um jovem paraguaio. A droga seria escondida nas peças com a ajuda de solvente, usado para diluí-la.
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Diego Daniel, 24 anos, embarcou em um ônibus interestadual na cidade de Foz do Iguaçu (PR), e tinha como destino a capital de Santa Catarina. A principal suspeita da Polícia Civil, que assumiu a investigação do caso, é a de que o entorpecente partiria de Florianópolis para fora do Brasil.
– Ele trazia duas bolsas, uma mochila e outra mala maior. As roupas com a droga estavam bem no fundo da mala e só foram descobertas pelo conhecimento especializado dos policiais – conta o inspetor Nardon, do Núcleo de Operações Especiais (NOE) da Polícia Rodoviária Federal.
Ao todo, 22 peças engomadas com cocaína foram encontradas na mala, entre elas calças, camisetas, meias e uma toalha de banho. As roupas pesaram nove quilos, mas a Polícia Civil acredita são aproximadamente quatro quilos de droga. A quantidade exata só será descoberta após perícia.
– O que mais chama a atenção é o modo com que a cocaína estava sendo transportada. Só flagramos droga em gel e em líquido, mas engomada é a primeira vez, pelo menos na região do Litoral Norte catarinense – diz o inspetor Nardon.
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O paraguaio foi abordado no Km 143, bem em frente ao posto da PRF de Itapema, por volta das 11h de terça-feira. O rapaz, até então, não tinha antecedentes criminais no Brasil. Na mala não havia passagem aérea para os próximos dias, mas o passaporte indicava uma viagem recente ao exterior.
Em junho, Daniel fez de avião o roteiro Florianópolis, São Paulo, Emirados Árabes Unidos e França, o que para a polícia reforça a suspeita de tráfico internacional de drogas. Daniel ficou detido na cela da PRF em Itapema até a chegada dos policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Pouco depois do meio-dia, o jovem foi levado até Florianópolis.
Ao Sol Diário, ele disse que o entorpecente seria entregue para um amigo, na capital catarinense, mas negou o tráfico de drogas. Afirmou que na cidade de Assunção, no Paraguai, onde mora, trabalha com negociação de carros e que este seria o motivo de sua viagem recente ao exterior.
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