A prorrogação da campanha a prefeito em Joinville caminha, felizmente, para seu fim. Impossível, para o bem do humor com o qual devemos dosar o dia, ficar com o rádio ou a TV ligados e engolir as inserções. Está feia a coisa. Fantasia respondida com baixaria e vice-versa. O poder seduz. Campanhas parecem, deliberadamente, menosprezar a inteligência alheia.

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Diz um amigo, com farta dose de realismo e jocosidade: Udo passa a imagem de que Joinville é quase uma cidade dinamarquesa. Darci mostra quase um município afegão. E assim segue o baile. Nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Rogo a nossa senhora do horário eleitoral que apresse as horas e que termine logo isso. Está uma loucura.

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Então, em busca de coisas menos fantasiosas e soturnas, ia folheando o jornal, torcendo para não topar com nenhuma carnificina – real ou metafórica. E estava lá na última página o que despertou vivo interesse. Um grupo de jovens voluntários envolvidos com a limpeza das trilhas do morro do Finder e da praça da rua Piratuba. Suspirei. Aplaudi-os a distância. Que gesto bonito.

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De vez em quando, ouço falar que um pessoal se juntou para dar uma geral na pracinha. Outro se organizou para uma retocada na escola. Vibro quando tomo conhecimento de que tais ações foram levadas a cabo. Vibrei com o trabalho dos rapazes e garotas que juntaram o lixo da praça e da trilha. Ele (o lixo) não deveria estar ali, mas já que estava, enquanto aguardamos a sonhada mudança total de hábitos e cultura, é bom ver mangas arregaçadas mostrando que o certo é não deixar rastro de sujeira.

Porque não é todos que tomam o problema para si e ajudam com soluções. Que encontram algo caído perto de uma lixeira, por exemplo, e se abaixam para pegar e colocar na lixeira. Andava por uma loja de shopping, no domingo. Num certo ponto, duas bermudas estavam no chão e clientes passavam por elas sem pegá-las. Até que alguém as pegou e as deixou junto a uns pijamas. Melhor do que no chão. Em outro ponto, havia um cabide no chão, uma senhora chegou a pisar nele enquanto olhava produtos. E prosseguiu, sem a boa ação de tirá-lo dali.

Podemos ser mais donos da situação, ainda que não a tenhamos causado. Bons gestos ajudam.