Duas decisões tomadas pelo prefeito Cesar Souza Junior (PSD) indicam dupla preocupação com a calamidade que atingiu a Ilha de Santa Catarina nesta temporada com os altos índices de poluição nas praias mais frequentadas.
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A primeira, a de ter comandado pessoalmente o lacre de propriedades com sistemas de esgoto ligados na rede pluvial. Medida que era para ter sido tomada em outubro ou novembro de 2015. Serviria de alerta e exemplo para os demais poluidores criminosos que continuam apostando na impunidade. Vivem do turismo e espalham a poluição, provocando doenças em seus próprios familiares e hóspedes, além de denegrirem a imagem da Capital e do Estado no Brasil e no exterior. A segunda é esta notificação pública a exigir medidas urgentes da Casan para regular o sistema de duas elevatórias de esgoto, uma em Canasvieiras e outra em Ingleses.
O ato do prefeito merece o apoio de toda a população. A Casan é concessionária e se está constatado oficialmente pela Aresc que a poluição é consequência de irregularidades em suas bombas e estações que tome das providências.
Como pano de fundo desta polêmica está a eleição de outubro. Cesar Souza Júnior é do PSD e candidato à reeleição. Sofreu prejuízos políticos e eleitorais com a calamidade da poluição. Só a prefeitura tem poder de polícia para punir os poluidores, com lacres, multas e outras penalidades.
A Fatma, que espalhou os relatórios, é comandada pelo PMDB, que tem o deputado Gean Loureiro como candidato à prefeito. E a Casan, da mesma forma, é presidida pelo engenheiro Valter Gallina, do PMDB, suplente de deputado que apoia Loureiro e tem aspirações políticas.Se tudo isso resultar em ações com o fim da poluição, a população, o turismo e a saúde pública agradecem.
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