Os moradores do Vale do Itajaí têm levado alguns sustos com o aparecimento de cobras nos últimos dias. Apenas entre 21 de outubro e 1º de novembro, os bombeiros de três cidades da região capturaram quatro corais-verdadeiras, as Micrurus corallinus. Segundo os biólogos, trata-se da espécie mais venenosa no Brasil.
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Uma dessas serpentes apareceu no quintal de uma casa em Ibirama. Foi a gatinha de estimação da família que alertou para a presença do animal. De acordo com os socorristas, a cobra media quase um metro de comprimento.
Na semana passada outra coral verdadeira surgiu na garagem de um imóvel na cidade de Vitor Meireles. A serpente tinha cerca de 45 centímetros e assustou os moradores, que chamaram os bombeiros para fazer a captura e levar o animal ao local adequado.
No começo deste mês, outra cobra-coral estava na calçada de uma casa no Centro de Ibirama. A foto mostra o tamanho do bichinho. Em Timbó, no bairro Estados, nova ocorrência do gênero. Em nenhum dos casos houve feridos.
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Apesar de ser peçonhenta, menos de 1% dos acidentes domésticos acontecem com cobras dessa espécie. O motivo é que elas não dão o bote.
— Os acidentes geralmente ocorrem quando as pessoas tentam manusear ou pegam/pisam nesse animal sem ver — explica o biólogo Christian Raboch, especialista em serpentes.
Mas por que tantas?
De acordo com Raboch, em entrevista ao AN, as cobras são répteis que têm sangue frio. E a temperatura do corpo do animal pode variar conforme o clima. No inverno, elas ficam entocadas esperando o tempo esquentar, mas agora o cenário é outro.
– A temperatura está mais quente e, consequentemente, esquenta o metabolismo dos animais. Aí elas começam a sair para procurar parceiros e se reproduzir e animais para comer. Por isso, aparecem na casa das pessoas – diz.
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O que fazer em caso de picada?
- Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. Segundo o biólogo Christian Lempek, o torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;
- Não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
- O local da picada deve ser lavado com água e sabão;
- A vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
- É importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível), pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.
Onde ligar
Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190). Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo.
Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.
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