A “família” de pítons do Zoobotânico de Brusque ganhou mais uma integrante. Além das outras duas cobras da espécie que já habitavam o parque, uma terceira moradora chegou ao local após ter sido resgatada em Jaraguá do Sul, há cerca de duas semanas. Lá, ela foi flagrada com a “boca na botija”, enquanto se alimentava de aves que estavam dentro de um galinheiro. Agora, o réptil é acolhido em um novo lar para receber os cuidados necessários, já que não pode ser devolvido à natureza por ser de uma espécie exótica. Ele ganhou até um nome: Zeca.
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A píton albina tem três metros de comprimento e, segundo a equipe do Zoobotânico de Brusque, é um macho bastante dócil. Por isso, acredita-se que o animal tenha fugido de algum criadouro. Para se ter uma espécie não nativa é preciso seguir uma série de regras, incluindo o registro do animal, explicou o especialista Christian Raboch Lempek à reportagem do AN.
Porém, nenhum chip de identificação foi encontrado e, por isso, a cobra é considerada ilegal e não pode ser solta na natureza. A serpente foi, então, levada ao Zoo de Brusque por se tratar de um parque capacitado para receber esse tipo de animal.
— A gente sempre analisa cada recinto cuidadosamente para garantir o melhor ambiente possível para o bem-estar do animal. Em relação à píton, a equipe veterinária e os estagiários dedicaram uma atenção especial para recebê-la adequadamente, assegurando que todas as suas necessidades fossem atendidas — explicou a diretora do Parque Zoobotânico de Brusque, Priscila Dauer
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Fotos das cobras no Zoo de Brusque
Além do Zeca — cobra resgatada em Jaraguá do Sul — o espaço conta com outras duas pítons, sendo mais uma albina — a Belinha — e uma píton birmanesa, de coloração marrom. O parque funciona de terça a domingo, das 8h30min às 17h. A entrada custa R$ 10, sendo gratuita para crianças de até 5 anos, para guias turísticos com mais de 10 pessoas e motoristas de excursão.
Estudantes, pessoas com deficiência e o acompanhante, crianças de 5 a 12 anos, idosos com mais de 60 anos e professores pagam meia-entrada.
Píton também foi encontrada em casa de Indaial
Os moradores de Jaraguá do Sul, no entanto, não foram os únicos a se assustar com a aparição da cobra asiática. Em janeiro deste ano, uma píton também surgiu no portão de uma casa em Indaial, no bairro Estrada das Areias, e impressionou pelo tamanho e peculiaridades. Segundo os bombeiros voluntários da cidade, que fizeram o resgate à época, o réptil tinha aproximadamente três metros de comprimento.
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O biólogo e herpetólogo Alex Giordano Bergmann explicou que, por não ser natural do Brasil, o correto é que essas cobras não sejam soltas no meio ambiente, já que podem dizimar a fauna local por serem de grande porte e se alimentarem de outros animais. Assim, podem causar grande prejuízo ao ecossistema.
— Então esses animais que são criados como “pets” sem controle e que acabam fugindo, se começarem a se reproduzir na natureza, podem causar um problema e desequilíbrio muito sério — ressaltou ao NSC Total, à época.
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