Poucos setores são tão renováveis quanto a moda, principalmente no frenético lançamento de uma coleção a cada seis meses. Ou até menos. Há marcas que lançam várias durante o ano. Até os anos 1990, o mundo buscava se vestir de maneira quase idêntica, salvo aqueles seres que criaram estilos de destaque ao longo da vida. Nos dias de hoje, apesar das semelhanças em cores, cortes e estampas, há uma busca pela individualidade por meio do figurino. Nossos vestidos, calças ou as despretensiosas camisetas são um raio-x de quem somos.
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A coach Vanessa Tobias, de Florianópolis, está habituada a trabalhar o desenvolvimento de várias personas de uma só pessoa. Para ela, que abre o ciclo de palestras do Donna Fashion Iguatemi no dia 8 de abril, interpretamos diferentes personagens no dia a dia:
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– É preciso ter consciência de quanto a moda pode ajudar homens e mulheres na construção de seus papeis. Os figurinos contribuem para isso. Se abordada de uma forma mais terapêutica, a moda ajuda na elaboração de cada um de nós.
O coaching é um processo que, normalmente, tem a presença de dois personagens. O coach é o profissional que tem a técnica e o coachee tem o sonho. Nessa relação desenha-se o projeto. Diversos setores da vida são questionados durante este processo. Inclusive o estilo de se vestir.
– Desempenhamos infinitos papeis, com uma média de sete ou oito ao mesmo tempo, muitas vezes sem consciência disso. Como uma mulher vai conciliar o papel de mãe sem esquecer que também é filha? É fácil confundirmos os papeis – comenta Vanessa, que costuma explicar seus pensamentos e o funcionamento do coaching com experiências pessoais.
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Ela relembra que, ao voltar de um curso intensivo com o escritor e palestrante norte-americano Anthony Robbins, só falava no assunto.
– Meu namorado na época me fez enxergar algo que não via. Fui para a cama, por exemplo, usando um moletom do Robbins e ele me disse: ‘Aqui é o lugar em que nos amamos’. Eu não percebia que eu estava cruzando os papeis – finaliza.